Pobreza no país vem diminuindo, diz Ipea

A pobreza no Brasil continua em queda. Essa foi a conclusão obtida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no estudo "Pobreza e crise econômica: o que há de novo no Brasil metropolitano", divulgado dia 19 de maio.

O relatório é baseado em informações das seis principais regiões metropolitanas do País da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o relatório, as seis principais regiões pesquisadas (Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre) apresentam queda de da taxa de pobreza desde abril de 2004. "Entre março de 2002 e abril de 2004, a quantidade de pobres residentes nas principais regiões metropolitanas cresceu 2,1 milhões de pessoas, enquanto no período de abril de 2004 e março de 2009, a quantidade de pobres foi reduzida em quase 4,8 milhões de pessoas.", aponta.

Essa é uma realidade nova para o Brasil, principalmente quando se leva em consideração o atual contexto econômico mundial. Segundo a análise do Ipea, nos outros períodos de desaceleração econômica, houve um aumento na taxa de pobreza do país. Realidade que diferente da vivenciada na atual crise financeira, em que, sete meses após a manifestação da crise, não se observou aumento na taxa de pobreza nas regiões metropolitanas pesquisadas.

"Nos primeiros seis meses de manifestação da crise internacional no Brasil (out/08 – mar/09) registra-se a diminuição em quase 316 mil pessoas da condição de pobreza no Brasil metropolitano. No período anterior selecionado de desaceleração econômica [em decorrência da crise cambial] (1998/99), a quantidade de pobres aumentou em quase 1,9 milhão de pessoas.", destaca a pesquisa.

Segundo o estudo, as principais explicações para essa diminuição da pobreza estão na elevação do valor real do salário mínimo e nas políticas públicas. Para o relatório, a população que compõe a base da pirâmide social brasileira conta com a garantia do poder de compra originária nos programas sociais.

"Somadas as parcelas com benefícios previdenciários e assistenciais, o Brasil conta atualmente com 34,1% da população, sobretudo a de menor rendimento, protegida com algum mecanismo de garantia de renda, o que se constitui algo inédito em relação aos outros períodos de forte desaceleração econômica no País.", apresenta.

A nota técnica da análise sobre a pobreza no Brasil no atual contexto de crise econômica está disponível no site: www.ipea.gov.br

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