Reunião da coordenação Sul da RECID define organização do Encontro Macro-Regional

Ocorreu nos dia 21 e 22 de agosto de 2010, em Porto Alegre-RS, a reunião da coordenação sul da Rede de Educação Cidadã, que reúne educadores e educadoras dos três estados da região. Na oportunidade foi planejado o encontro Macro-Regional Sul que se realizará entre os dias 08 a 10 de outubro no assentamento Filhos de Sepé em Viamão, região metropolitana de Porto Alegre.

A temática do encontro buscará recuperar as lutas populares de “Nuestra América” e o reconhecimento das lutas específicas de cada estado da região. Outra questão em debate é o futuro da Rede de Educação Cidadã, frente ao novo período pós-eleitoral .

Esta reunião definiu também a data da oficina de áudio e vídeo a ser realizada em Santa Catarina durante os dias 13 e 14 de setembro para animar e viabilizar as filmagens das experiências de construção do poder popular realizadas pela rede no estado.

De volta para casa os/as educadores/as juntamente com representantes da Comissão Nacional e Talher Nacional avaliaram positivamente a atividade que renovou as energias e deu animo para a continuação das atividade de formação de base e educação popular.

RECID-SC, Porto Alegre, agosto de 2010

3 comentários em “Reunião da coordenação Sul da RECID define organização do Encontro Macro-Regional

  1. CARTA DO RIO II

    Ao final do 2º Congresso do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, base do Estado do Rio de Janeiro, os catadores organizados, declararam:

    À sociedade e ao Poder Público as seguintes propostas:

    1. Garantir áreas públicas dos Municípios, do Estado e da União para as organizações de catadores(as) com a concessão dos terrenos de longo prazo e documentada;
    2. Garantir autonomia e autogestão das organizações de catadores (as) no Estado do Rio de Janeiro;
    3. Repúdio ao processo de implantação da incineração em nosso país, pois esse método é extremamente agressivo ao meio ambiente e exclui o trabalho dos catadores (as).
    4. O cumprimento das Políticas Públicas que beneficiam os Catadores de Materiais Recicláveis, tais como, Lei Estadual 3369/2000 – Estabelece Normas para a Destinação Final das Garrafas Plásticas, o Decreto Federal 5.940/2006 – Coleta Seletiva Solidária, o Decreto Estadual 40645/2007 que determina a Coleta Seletiva Solidária no órgãos Estaduais e a Lei 4191/2003 – Dispõe Sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos;
    5. Instituir a Política Municipal e Estadual de resíduos sólidos com participação dos Catadores (as), com o princípio da gestão compartilhada;
    6. O cumprimento da lei 11.445/07 que estabelece a dispensa de licitação para a efetivação de relação contratual com as cooperativas/associações, para remunerar por tonelada o serviço de coleta; tratamento e destino final, prestado pelas organizações de catadores (as);
    7. Incluir os catadores (as) nas discussões e decisões sobre a questão dos resíduos sólidos e coleta seletiva nos Municípios e no Estado, por meio de sua participação em Conselhos, comissões (Comitês) intersecretariais para inclusão social dos catadores (as) ou ainda pela Fóruns Lixo e Cidadania regionais e ou municipais que devem ser valorizados e estimulados;
    8. Promover e efetivar a Capacitação Continuada para os Gestores Públicos quanto aos Princípios e bases de Acordo com MNCR;
    9. Promover e efetivar a Capacitação Continuada aos Catadores na perspectiva do cooperativismo popular e da economia solidária;
    10. Apoiar as cooperativas/associações na regularização dos documentos e acesso aos recursos e financiamento;
    11. Divulgar os princípios e as bases de acordo com MNCR em todos os ambientes que há participação dos catadores;
    12. Tributação diferenciada para as cooperativas de economia solidária;
    13. Implantação de outras políticas públicas que atenda as necessidades dos catadores (as) tais como, moradia, saúde,educação,esporte,cultura e lazer etc.
    14. Maior atenção para os catadores de Gramacho, em função da atividade de vazamento no Aterro estar acabando bem como para aqueles que ainda estão nos lixões;
    15. Garantia de priorizar os catadores históricos no processo de acesso aos benefícios das políticas públicas, evitando assim que sejam confundidos com desempregados, de um modo geral;
    16. Incentivo financeiro para compra de Caminhões, Maquinário, IPI e Construção de Galpões;
    17. Criação de um sistema 0800 “Disque-denúncia Cooper gatos”, no sentido de garantir o trabalho dos catadores em cooperativas de forma verdadeira e dentro dos princípios do Cooperativismo;
    18. Incentivo a criação de micro créditos para cooperativas de catadores;
    19. Utilização de espaços públicos abandonados para implantação de cooperativas de catadores em parceria com SPU – Secretaria de Patrimônio da União;
    20. Realização de um diagnóstico real da situação dos catadores de lixão, de rua, de cooperativas e associações; e também da população em situação de rua que também utiliza a catação como forma de sobrevivência, a fim de garantir melhor identificação das demandas e, consequentemente, a estruturação de propostas de garantia de trabalho e renda para os segmentos a serem atingidos;
    21. Isenção de ICMS e outros Impostos;
    22. Previdência e Aposentadoria especial para os Catadores;
    23. Inclusão dos Catadores no Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal e operado pela Caixa Econômica Federal.

    Às suas organizações:

    1. Intensificar a organização e a representatividade do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis nas diversas Bases e Comitês Regionais do Estado do Rio de Janeiro;
    2. Fortalecer a organização dos Comitês Regionais e das lideranças dos catadores e no sentido de evitar que qualquer pessoa sem relação direta com a causa tome a frente do processo, se intitulando catador;
    3. Aumentar a mobilização estadual dos catadores, visando atingir o âmbito Federal, a fim de sensibilizar as autoridades para promover uma revisão da legislação cooperativista, buscando simplificar o processo de legalização, assim como menos tributação para as cooperativas de catadores;
    4. Criar redes de comercialização das organizações de catadores no Rio de Janeiro para garantir melhor valorização e comercialização do material;
    5. Os Catadores e Catadoras são os representantes legítimos da Cooperativa/Associação e não os técnicos. Relação de dependência com o apoio técnico enfraquece a organização e tira a legitimidade e a autogestão do Catador (a);
    6. Os Comitês devem apoiar e garantir que nas organizações de catadores (as) não exista relação de patrão e empregado.
    7. Ampliar a representação da Coordenação Estadual, por meio da formação de novos Comitês;
    8. Enviar esta declaração para todas as Prefeituras e Governo Estadual;
    9. Promover ou participar de encontros com todos os candidatos (as) ao Governo do Estado, a Assembléia Legislativa e ao Congresso Federal para garantir o compromisso dos (as) mesmos(as) com a implantação de políticas de Estado para os resíduos sólidos, com inclusão social dos catadores(as);
    10. Manter a comunicação com a sociedade para conscientizar sobre a separação dos materiais recicláveis nas residências;
    11. Manter a união entre os catadores (as), e a integração entre as organizações de catadores (as);
    12. As parcerias com as organizações de catadores (as) precisam ser realizadas com instituições diversas e com a sociedade e não apenas com o Poder Público;
    13. Promover a articulação com as Secretarias Municipais e Estadual da Educação, para visitar as escolas e realizar palestras sobre conscientização ambiental;
    14. Desenvolver atividades diversas nas comunidades para fomentar a coleta seletiva.

    Rio de Janeiro , 23 de julho de 2010

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