Diagnóstico (experiências e o que existe na Recid):
Há na rede diferentes experiências com rádios e jornais comunitários; Percebe-se a utilização do recurso do teatro do oprimido presente em várias regiões; Temos utilizado também internet para socializar os documentos e textos;
Aparecem, nos relatos, experiências que abrem mão de diversas linguagens: cartas pedagógicas, publicações, música, mística, dança, linguagem corporal, dinâmicas de grupo, poesias, grafitagem, a fala, o teatro, os símbolos…
Já existem algumas experiências de rádio interna (feitas em momentos de encontro); Há também produção audiovisual de experiências;
Há experiências dos intercâmbios culturais e de pessoas que, além de vivenciar o que cada grupo faz em termos de cultura, também é processo de capacitação e formação;
Há experiências de produção boletins, cartilhas, banners, camisetas, bolsas e canetas…;
Produção de CDs de hip-hop e produção de programas de rádio articulado com a divulgação e difusão junto às rádios comunitárias;
Reuniões de coordenação estadual/regional/nacional para facilitar a comunicação, socializar informações e trocas das diferentes experiências;
Participação e realização de cursos para educadores na linha do aprofundamento da prática e de conceitos;
Registro das experiências em relatórios e fotografias; Encontros como formas de comunicação.
Problemas, contradições e desafios:
Não temos uma política de comunicação, o que faz com que a comunicação, em muitos casos, ainda seja espontânea e improvisada na Rede. Em razão disso:
Há pouco investimento de recursos financeiros e de energia na formação e capacitação para a comunicação, inclusive nas rubricas para o contato telefônico que é um dos principais meios utilizados para comunicação e articulação;
Não há pessoas, nos estados, que sejam responsáveis pela comunicação;
Não tem recursos destinados para investir nos processos de comunicação;
Falta de infra-estrutura que viabilize (computador, máquinas fotográficas, internet, distâncias, telefone…);
Falta de acesso às novas tecnologias, à energia elétrica…;
Dificuldade de acessar as pessoas que participam de nossos espaços, muitos não têm nem mesmo e-mail;
Falta de socialização da sistematização para a base.
Outro problema, no campo da linguagem, é a não há tradução de conceitos para as diferentes realidades e contextos e também a utilização da internet como única forma de comunicação em detrimento da comunicação pessoal e de outras formas de comunicação;
Falta também o intercâmbio permanente em todos os níveis, com a troca de experiências permanente entre as experiências e a divulgação das notícias da Rede. Há também uma dificuldade no diálogo com e entre os movimentos e entidades que participam da Rede.
Há também dificuldade de garantir o registro das oficinas e encontros (relatórios, imagens…); Dificuldade de sistematização permanente e dificuldade com modelos de relatórios; Dificuldade de fazer com que a base faça e mantenha a sistematização de suas histórias.
O que propomos:
OBJETIVO GERAL:
Consolidar, na Rede, a comunicação como um processo coletivo de construção do conhecimento, de humanização, de diálogo, de relações horizontalizadas e de expressão da diversidade, à luz do Projeto Político Pedagógico, tendo em vista a perspectiva da transformação social.
Linhas de ação e atividades:
1 – Garantir recursos, infraestrutura e tecnologia para aprimorar os processos de comunicação da Rede
– Em todos os níveis, captar recursos e/ou garantir que nos próximos convênios essas demandas sejam asseguradas nas rubricas.
2 – Desenvolver um processo de formação de educadores(as) populares na área de comunicação
– Realizar momentos de capacitação técnica;
– Realizar formação para a leitura crítica dos Meios de Comunicação de Massa;
– Utilizar as diferentes formas de comunicação (teatro, dança e outras) como elementos de formação;
– Proporcionar o aprofundamento teórico dos educadores(as);
– Aproveitar e potencializar a participação nos cursos de comunicação e formações que já existem.
3 – Facilitar o intercâmbio entre as experiências e pessoas da Rede nos níveis local, estadual, macrorregional e nacional
– Potencializar o recurso das cartas pedagógicas e da carta social;
– Utilizar e potencializar o site da Rede;
– Utilizar e-mails: listas, grupos virtuais, e-mails e senhas comuns;
– Favorecer o intercâmbio de educadores(as) e de experiências em todos os níveis;
– Estimular processos de comunicação interpessoal nos diferentes níveis por meio de dinâmicas de grupo, etc;
– Potencializar as listas de endereço para troca de cartas (colocar o endereço real e não apenas o virtual, nome e apelido) para a base;
– Participar de atividades de outras organizações da sociedade civil e governos.
4 – Integrar as lutas da sociedade civil no campo da democratização da comunicação
– Identificar os grupos que já atuam neste campo (Exemplos: Adital, Associação Mundial de Rádios Comunitárias, Rede de Mulheres no Rádio, Mídia Independente, Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Abraço, Intervozes…);
– Participar de atividades, ocupar e organizar fóruns, etc;
– Divulgar textos e ações destes grupos;
– Estimular a assinatura de veículos de comunicação alternativa: jornal Brasil de Fato, Mídia Independente, Adital, Caros Amigos, Agência Carta Maior e outros.
5 – Dar visibilidade às ações da Rede
– Criar sites, blogs e fóruns;
– Utilizar as cartas pedagógicas;
– Desenvolver e estimular a produção de audiovisual;
– Desenvolver e estimular a produção radiofônica, trabalhar uma rádio interna nos momentos de encontro; Ter rádios em movimento e intinerantes e investir em rádio poste;
– Divulgar na internet, via youtube, ações audiovisuais e da Rede;
– Estimular a produção de publicações;
– Estimular a produçã
o de boletins e jornais;
– Criar boletins e rádios online;
– Ter um boletim nacional impresso (definir periodicidade);
– Divulgar ações, experiências, banners da rede em outros espaços.
6 – Articular e potencializar o campo da produção cultural e simbólica na Rede
– Mapear e fazer circular as produções culturais e simbólicas;
– Organizar publicações, poesias, músicas produzidas pelos educadores(as);
– Organizar bibliotecas e dvdtecas.
7 – Garantir a comunicação da diversidade (raça, geração, religiosa, cultural, etnia, gênero, sexual…)
– Utilizar diferentes linguagens (cordel, elementos do hip-hop, teatro, música, poesia, dança, expressão corporal, símbolos, cultura popular) e recursos para trabalhar com os diferentes grupos (hip- hop, indígenas, quilombolas, jovens, mulheres) na linha de traduzir os conteúdos e compreender e dialogar com as diferentes visões de mundo e cosmovisões…
– Nos encontros, em todos os níveis, garantir que a ambientação, a culinária, a mística e as noites culturais trabalhem essas diversidades…
Cuidado: não divulgar informações que possam comprometer ações dos parceiros da Rede.
Politica de Comunicação – Recid_doc
Politica de Comunicação – Recid_pdf