"Vamos abrir a Secretaria Geral da Presidência aos Movimentos Sociais"

Um dos nomes fortes do governo Dilma, Gilberto Carvalho, anunciado como futuro ministro da Secretaria Geral da Presidência, assumiu o compromisso de abrir às portas de sua secretaria aos movimentos sociais em ato político realizado ontem no Palácio do Planalto, com 160 educadores populares da Rede de Educação Cidadã (Recid).

No ato político cultural dentro do Palácio do Planalto, as lideranças e mobilizadores locais de todas as regiões apresentaram o acúmulo de oito anos da experiência de educação popular no Governo, a Rede de Educação Cidadã. Ainda, ouviram do futuro ministro os compromissos do Governo Dilma com as demandas populares.

Na ocasião, a educadora popular Naisa Abreu, do Maranhão, se dirigiu ao futuro ministro dizendo que já sabia que “a Dilma pediu que você estivesse ao seu lado para falar a verdade pra ela, com a sensibilidade dos movimentos sociais. Pois leve nosso recado: nós dos movimentos queremos mais espaço no futuro Governo.” E completa: “a educação popular precisa urgentemente se tornar política pública de Estado.”

Para Gilberto Carvalho, o Governo Lula foi o primeiro a abrir as portas do palácio para os movimentos sociais, onde antes só pisava a aristocracia. Ele associa essa participação da sociedade organizada (mulheres camponesas, pessoas com deficiência, indígenas e outros) à qualificação do Governo, com muitos projetos sociais que partiram desse diálogo. “Dilma quer deixar a relação com os movimentos sociais muito tranquila. Ela tem sensibilidade e vai aprofundar a relação com os movimentos, fortalecendo seu papel de sujeitos desse Estado para a construção de políticas justas.”, afirmou Carvalho.

Em relação à Rede de Educação Cidadã, Gilberto concordou que ela deve se ampliar no próximo Governo, com o deslocamento do órgão que a coordena (Talher Nacional) para a Secretaria Geral. “Vou abrir mais a Secretaria Geral aos movimentos sociais. Preciso das propostas de vocês para o país e Dilma precisa muito mais da sustentação das organizações populares do que Lula precisou.”

A história da Recid, articulação que reúne movimentos sociais, pastorais, grupos periféricos, culturais etc, hoje se reflete em iniciativas de poder popular, baseadas na solidariedade, democracia, cultura do povo e lutas sociais. Está presente em todos os estados, com educadores populares voluntários e contratados que realizam a mobilização de base, a partir do acúmulo histórico da Educação Popular Crítica, instrumental teórico-prático criado a partir das experiências de Paulo Freire nas décadas de 60 e 70.

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