Militante de Direitos Humanos é brutalmente assassinado no Tocantins

Sebastião Bezerra da Silva, coordenador do Centro de Direitos Humanos de Cristalândia (TO) e secretário da Regional Centro-Oeste do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) foi brutalmente assassinado no último fim de semana.

Encontrado na madrugada desta segunda-feira enterrado na área de uma fazenda no município de Dueré (228 km de Palmas), o corpo de Sebastião apresentava sinais de violência em várias partes, de acordo com a polícia.

Representante regional do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Silva atuou em casos polêmicos no Estado, como a denúncia contra policiais militares por prática de tortura e assassinatos. Mais recentemente, esteve envolvido na apuração da responsabilidade sobre o linchamento de um preso numa delegacia do interior.

De acordo com relatos de membros da CDH e do coordenador da CPT (Comissão Pastoral da Terra) no Tocantins, Silvano Lima Rezende, Silva teve alguns dedos das mãos quebrados, dedos dos pés arrancados e havia sinais de agulhadas sob as unhas das mãos.

A vítima vinha relatando aos companheiros que estava recebendo ameaças constantes por telefone. Acredita-se que o caso tenha motivação de vingança pelas ações que o Movimento de Direitos Humanos vem desenvolvendo na região onde ele atuava.

Veja a Nota de Pesar no MNDH.

Texto escrito com informações da Folha, CPT-Rondônia e site do MNDH.

3 comentários em “Militante de Direitos Humanos é brutalmente assassinado no Tocantins

  1. Na minha opinião precisamos ficar atentos a esse fato trágico com o companheiro,( tortura seguido de morte ,requinte de crueldade)isso não é um fato isolado.Se fizermos uma leitura da conjuntura, as pequenas quases invisíveis ações de garantia de direitos e participação popular assusta os milicos , políticos corruptos e grandes proprietarios de terras.
  2. tive o prazer de conhecer este companheiro, figura ímpar e de uma humanidade impressionante, enfim, é dolorido saber que nossa militância cai por terra por defender os menos favorecidos, aqui no meu estado o assassino do Lider Indigena Veron, foi absolvido pela “justiça”.
  3. Por Messias

    Acredito que esta terrível ação seja um anuncio de uma nova invertida, articulada por elementos “poderosos” presentes no meio político, na segurança e no latifúndio,
    principalmente porque a conjuntura político-social das e nas bases populares acenam para o retorno massificadas das lutas.

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