1º ENCONTRO INTERMUNICIPAL DOS TRABALHADORES/AS RURAIS DO ACRE

A Rede de Educação Cidadã Acre realizou nos dias 06 a 08 de Julho na chacara Pedra Linda em Rio Branco o seu primeiro encontro intermunicipal especifico para as populações rurais do estado com o tema: Avançar nas ações por um Acre com desenvolvimento sustentável e tinha como objetivo fortalecer a participação e organização social do homem e da mulher da floresta.

E com os objetivos específicos de fazer a troca de experiências de lutas dos trabalhadores/as rurais, seringueiros/as e ribeirinhos/as; fomentar, ampliar e buscar melhorias das políticas públicas para esse segmento de nossa sociedade e contribuir para o fortalecimento da agricultura Familiar dentro de nosso estado. O encontro contou com a presença de trabalhadores/as rurais, seringueiros/as e ribeirinhos/as dos municípios de Brasileia, Sena Madureira, Plácido de Castro, Boca do Acre, Capixaba e da capital Rio Branco alem de educadores/as que acompanham essas bases e vivenciam essas realidades.

momento de reflexão

O primeiro dia foi marcado pela acolhida no local onde seria realizado o encontro, após o jantar iniciou-se a atividade com uma linda mística de abertura que nos fazia refletir sobre que semente queríamos plantar para que pudéssemos colher frutos que nos daria um futuro melhor, um futuro com amor, paz, prosperidade, igualdade, sustentabilidade, justiça e a democracia que sonhamos e queremos. Como contávamos com a presença de muitos participantes que ainda não tinham um maior conhecimento do que é a rede foi feita uma breve apresentação das linhas de ações, da metodologia e dos princípios tudo de uma forma simples e com uma linguagem que todos puderam compreender, após a leitura da programação, formação das equipes e dos informes encerramos o dia com as energias renovadas e com a certeza que o segundo dia prometia muito mais. “o amanha se constrói hoje.”

O sábado iniciou com um belo café da manha que energizou o corpo para o dia que se iniciava e para energizar a mente uma linda mística que vinha na mesma linha da do dia anterior, onde todos ao redor de uma mangueira, abraçados tentavam imaginar se as sementes plantadas iam germinar e em que iam se tornar se plantando amor, educação, paz, democracia, justiça iríamos colher um mundo melhor para nossos filhos e para as gerações que virão. E com o corpo e a mente energizados iniciamos mais um dia de estudos e partilha, esse dia foi marcado por dois pontos: o primeiro foi da troca de experiências onde os representantes dos municípios que estavam presente contavam as suas realidades para que todos pudessem ver o que as lutas e dificuldades têm em comum e as principais questões levantadas foram das dificuldades na:

Infraestrutura – no que se refere a ramais e maquinas, foi apontado que existem locais que não tem água e energia elétrica, transporte para a produção e falta de estrutura para comercialização dos mesmos alem da falta de incentivo á produção familiar.

Saúde – não existem postos de atendimento nas localidades e os postos dos municípios não oferecem o atendimento necessário, nos locais que existem postos os médicos vão de mês em mês e quando vão não dão o atendimento correto e fazem tudo com pressa pela quantidade de pacientes que tem que atender nesses locais.

momento de partilha

Educação – em muitos locais não tem escolas, nos locais que há salas são mistas do 1º ao 4º ano e do 5º ao 9º ano, e não oferecem o ensino médio para os alunos que terminam o fundamental, sendo forçados a pararem com essa formação primária, pois os pais não possuem condições de manterem os filhos nas cidades para estudarem entre outros agravantes.

Outro ponto marcante do sábado foi a analise de conjuntura que teve como mediador o Israel que tem um grande trabalho com a população rural do Acre e tem um grande acompanhamento com as questões de terra e dos direitos dos que nela vivem. Uma frase que ele falou que ficou marcada em todos foi que: “para existir o social tem que primeiro existir reforma agrária e preservação ambiental.” A noite de sábado teve a já tradicional noite cultural que ficou marcada pelo frio intenso e como os Acrianos são um povo do calor a maioria ficaram em seus quartos curtindo o calor das cobertas.

O último dia foi de partilha onde a educadora Maseias que participou da cúpula dos povos na Rio + 20 nos trouxe o relato do que ocorreu e dos assuntos abordados nesta grande reunião de lideranças e movimentos do Brasil e do mundo em prol do meio ambiente e de um futuro para as gerações futuras. Após essa partilha foi feita a prestação de contas dos gastos com o encontro, os informes e a avaliação do encontro e para encerra as atividades a mística de encerramento que nos fez pensar o mundo que queremos e que deixaremos para nossos filhos e netos, que as sementes que plantamos possam gerar frutos e que possam ser colhidos por nossas gerações futuras. “vamos lá fazer o que será, construir o amanha com o que temos hoje.”

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