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Jornada de Lutas Unitárias dos Movimentos Sociais de Mato Grosso do Sul

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Marcha

          Desde domingo (02/06) acontece a Jornada de Luta dos Movimentos Sociais de Mato Grosso do Sul, esta se objetiva em uma marcha unificada dos Movimentos Sociais que segue do distrito de Anhanduí a 60 km de Campo Grande até o centro da cidade. A marcha conta mais de 400 pessoas e no Bairro das Moreninhas une-se à força de outros movimentos sociais que caminharão junto à marcha na quinta-feira. A marcha é orientada pelo tema: “Demarcação das Terras indígenas e Quilombolas, Reforma Agrária, contra o Capital e pela Soberania Popular”, portanto, Indígenas, Camponeses e Quilombolas, ganham maior evidência na ação.

            A conjuntura do Estado é de muita tensão, por isso a Marcha recebe um caráter estratégico no momento, tanto pelo projeto de unidade quanto pelo fortalecimento dos movimentos sociais, que reforçado por reuniões com intuito de organizar a marcha. Neste processo, a ideia gira em torno do próprio ato de marchar e por momentos de formação que compõe a ação: vários debates sobre as demarcações, os problemas do Incra, a questão dos agrotóxicos, sobre a comunicação dos movimentos, a Educação Popular como Política Pública e a Universidade Popular, sobre a questão de gênero e principalmente das próximas formas de garantir a unidade para outros atos unificados e de massa, esses debates acontecem num período do dia durante a marha.

            Na última quinta-feira (30/05), Dionédison Candido da etnia indígena Terena e contratado como Educador Popular da RECID-MS, foi preso por mais de 12h pela Polícia Federal, pois está no acompanhamento da reintegração de posse que aconteceu de forma arbitrária nas terras de Buriti em Sidrolândia. Na parte da manhã do mesmo dia, Oziel Gabriel foi morto pela polícia, ainda indeterminado se foi a Polícia Federal, Polícia Militar ou Polícia civil. O Governo do Estado de MS afirmou que as polícias não levaram armas de fogo, mas o Ministério Público Estadual em notícia do dia (03) afirmou ter encontrado munição de armas das polícias, além do indígena morto, outras pessoas foram feridas com arma de fogo da polícia.

            Ontem (04), mais um indígena foi para o Hospital com um tiro nas costas, o disparo foi feito por seguranças de fazendeiros das fazendas vizinhas, o indígena ferido corre o risco de ficar paraplégico, outros indígenas ainda foram feridos.

           Os indígenas em reunião de conciliação pediram que houvesse uma audiência com a presidenta Dilma, confirmada para dia 19/06/2013, e a revogação da reintegração de posse da fazendo Buriti por quinze dias, e se fosse acordado isso, eles evitariam fazer novas ocupações, contudo a proposta não foi aceita pelo poder público, e por isso os indígenas ocupam outras fazendas na região que compreendem a área demarcada.

        A Força Nacional e o Ministro da Justiça chegam hoje em MS para acompanhar o massacre que acontece em Buriti, enquanto aguardamos as próximas decisões, órgãos de direitos humanos e nosso companheiro da RECID-MS segue acompanhando a situação em Sidrolândia.

      A RECID-MS participou na organização da Marcha Unitária dos Movimentos Sociais, está presente na comissão de Formação Política e alguns de seus integrantes acompanham marchando, além de acompanhar a perseguição e violência contra os indígenas nas fazendas em Sidrolândia.

Comunicação RECID-MS.

 

“É por amor a essa pátria Brasil, que a gente segue em fileira”.


http://www.recidms.blogspot.com.br/2013/06/jornada-de-lutas-unitarias-dos.html

http://www.teatralgrupoderisco.com.br/node/206

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