Democratização dos Meios de Comunicação

Democratização dos Meios de Comunicação


Campina Grande, 08 de Setembro de 2013.

 

“Comunicação (é) a co-participação dos sujeitos do ato de pensar…implica numa reciprocidade que não pode ser rompida.O que caracteriza a comunicação enquanto este comunicar comunicando-se, é que ela é diálogo, , assim como diálogo é comunicativo”

 

Embebidos (as) pelas palavras do mestre Paulo Freire, nós (Movimento Social de Juventude – MSJ; Movimento de Educação do Campo e Agroecologia- MECA; Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção – COONAP; Associação das Trabalhadoras Doméstica de Campina Grande; ONG Menina Feliz; Comissão Pastoral da Terra – CPT; Pastoral da Juventude do Meio Popular – PJMP; Rede de Juventude Ecumênica – REJU; Fórum de Liderança do Agreste-FOLIA; Rádio Comunitária Boa Vista; Citex S/A ; Associação da juventude em Ação – AJA; Centro Popular de Cultura e Comunicação; Grupo Comunitário do Timbó; Associação de Prevenção a AIDS-AMAZONA; Movimento Estudantil de Cajazeiras; Associação Cultural de Rock do Sertão da Paraíba – ACRS/PB;  e outros (as) educadores e educadoras, iniciamos  nosso encontro   embalados(as)  pela ciranda cirandinha vamos todos cirandar; olhamos, tocamos e abraçamos o outro e a outra para empreitarmos  diálogos acerca da Democratização da Comunicação. Para início de conversa, fomos inquietados (as) com as seguintes provocações: Para que serve a comunicação? Para quem serve a comunicação?   Por que tantos jornais se as notícias são as mesmas? Como usamos o que temos?

Partindo destas provocações discutimos que a comunicação é uma possibilidade de diálogo entre pessoas, porém, sofre manipulação da classe dominante que ancorada por uma mídia hegemônica, expressa interesses política/econômico privados, maquiando e negando a realidade de inúmeros grupos sociais. .Ao analisarmos programas jornalísticos hegemônicos  paraibano ,  pudemos perceber  como grandes estratégias,  a prática de maquiar a realidade ,  de visibilizar desvios de conduta da classe mais empobrecida e , sobretudo , de construção de  algumas personalidades jornalística enquanto ‘ídolos”.Daí,  vimos que  a mídia não é boa e nem é ruim, ela é o que é; cabe a cada um(a) de nós, enquanto pessoas e grupos aqui representados(as), usa-la a nosso favor, democratizando-a.

 

Continuamos refletindo que comunicação pode ser definida enquanto troca de informações e que mídia são meios de transmitir as informações em massa. Focamos o olhar para uma mídia “radical” que permita a classe popular transmitir informações, sonhos, lutas… Por isso, nos empolgamos elencar experiências que vivenciamos nos nossos lugares: boletins Informativo, telefone, carta pedagógica, rádio comunitária (difusora), biblioteca, grupo no facebook, email, blog, grupo de rap, teatro, poesia, cordel, música panfletagem, cartilha, terapia comunitária, produção de CD/DVD, camisas e jornal. Ressaltamos também que é um grande desafio construir e gerir estas experiências, mas, que é necessário usá-las  enquanto  ferramentas a nosso favor, ousando praticá-las.

Alumiados e alumiadas pelas obras de Paulo Freire, o mais importante escritor sobre a Educação Popular, afirmamos construir e ampliar uma comunicação contextualizada e comprometida com realidade da classe trabalhadora, visibilizando seus fazeres , seu modo de ser e  de viver.

Ousados e ousadas que somos não ficamos nos desafios, mas conseguimos compreender a proposta da mídia radical, porque já somos protagonistas desta, e assim, apontamos criar, recriar, melhorar e fortalecer nosso papel de comunicadores (as) populares nos comprometendo a fazer: oficina de produção e edição de vídeos; oficina de gerenciamento de mídias virtuais, oficina de construção de boletins informativos; oficina de montagem e uso de equipamentos de rádios e oficina do teatro do oprimido.

Sem mais a dizer, fechamos e abrimos esta formação afirmamos que somos muitas vozes e mãos numa nova comunicação.

 

Calorosamente,

Educadores e Educadoras da RECID na Paraíba de povo forte “Sim Senhor”. 

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