Começa amanhã a Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul que será apresentada em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Recife.
Os 28 filmes que compõem essa mostra evidenciam para todos nós uma das mais importantes funções do cinema, que é o testemunho de vida de uma época.
Felizmente, não se restringe ele ao entretenimento, como se fosse um apêndice do ócio, e avança sobre aspectos da existência humana que merecem atenção redobrada por parte de todos. Trata-se do cinema que documenta as formas variadas de opressão que necessitamos afastar dos horizontes da vida humana.
Documentação em várias linguagens e formas cinematográficas, incluindo a ficção e animação como nos propõe o curador Amir Labaki, que nos leva a uma percepção clara de que os direitos humanos estão incrustados na vida cotidiana e resultam de uma atenção permanente a todas as formas de opressão, com o objetivo de eliminá-las ou coibi-las.
Essa dimensão militante da vida é a única capaz de cercar a diversidade de tolerância, fazer da diferença do humano um dos seus aspectos mais virtuosos. Assim, a condição de "minoria", de portar necessidades especiais, as diferenças de gênero, as opções sexuais, a cor da pele etc – mostram o modo diverso de ser humano que é, seguramente, a expressão da sua riqueza, conforme os filmes aqui reunidos revelam em excelente panorama.
Não se pode deixar de registrar uma certa unidade extra-filme, que se forma na percepção do espectador, na medida em que todas as situações narradas reportam a um mundo que possui muito em comum, além de ser latino-americano.
A rigor, há uma estrutura geradora de injustiças e violações aos direitos humanos que se insinua especialmente nas situações de marginalidade ou pobreza, indicando a urgência da ação política para extirpa-la, e esta é a verdadeira razão pela qual a Secretaria dos DH da Presidência da República se envolveu nessa iniciativa, junto com os seus parceiros (Sesc, Petrobras, Cinemateca Brasileira, Radiobras e TV Brasil, Ministério da Cultura e das Relações Exteriores, e o curador Amir Labaki).
Afinal de contas, para nós, a consciência, mais do que um "acordar" é já a mudança na direção desejada. E o que é esta mostra senão um tremendo incentivo para a transformação da consciência que, cotidianamente, nos falta ou falha – inclusive quando nos aproximamos do cinema apenas como entretenimento?
Deixemos esta rica arte do século XX falar a favor dos direitos humanos! Bom cinema!
Las 28 películas que componen esta muestra nos denotan una de las funciones más importantes del cine, que es el testimonio de vida de una época.
Por fortuna, éste no se restringe al entretenimiento, como si fuera un apéndice del ocio, y avanza sobre aspectos de la existencia humana que merecen una atención redoblada por parte de todos. Se trata del cine que documenta las variadas formas de opresión que necesitamos alejar de los horizontes de la vida humana.
La documentación en varios lenguajes y formas cinematográficas, incluidas la ficción y la animación como nos lo propone el curador Amir Labaki, quien nos lleva a una percepción clara de que los derechos humanos están incrustados en la vida cotidiana y son el resultado de una atención permanente a todas las formas de opresión, con el objetivo de eliminarlas o cohibirlas.
Esta dimensión militante de la vida es la única capaz de cercar la diversidad de tolerancia, hacer de la diferencia del humano uno de sus aspectos más virtuosos. Así, la condición de "minoría", de tener necesidades especiales, las diferencias de género, las opciones sexuales, el color de la piel, etc. – muestran el modo diverso de ser humano que es, seguramente, la expresión de su riqueza, conforme las películas aquí reunidas lo revelan en excelente panorama.
No se puede dejar de registrar una cierta unidad extra película, que se forma en la percepción del espectador, en la medida en que todas las situaciones narradas remiten a un mundo que posee mucho en común, más allá de ser latinoamericano.
A rigor, hay una estructura generadora de injusticias y violaciones a los derechos humanos que se insinúa especialmente en las situaciones de marginalidad o pobreza, indicando la urgencia de la acción política para extirparla, y esta es la verdadera razón por la cual la Secretaría de DD.HH. de la Presidencia de la República se involucró en esta iniciativa, junto con sus socios (Sesc, Petrobras, Cinemateca Brasileira, Radiobras y TV Brasil, Ministerio de Relaciones Exteriores y Culto, y el curador Amir Labaki).
Al final de cuentas, para nosotros, la conciencia, más que un "despertar" ya es el cambio en el sentido deseado. ¿Y qué es esta muestra sino un tremendo incentivo para la transformación de la conciencia que, cotidianamente, nos falta o falla – inclusive cuando nos acercamos al cine apenas como entretenimiento?
¡Dejemos que este rico arte del siglo XX hable a favor de los derechos humanos! ¡Que lo disfruten!
Paulo Vannuchi
Ministro de Estado da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
Visite o site e veja a programação www.cinedireitoshumanos.org.br