Paulo Freire, homenagem ao mestre que se foi há 10 anos

Doutor honoris causa em 39 universidades, Paulo Freire tem a obra reconhecida em todo o mundo. Sessão solene na Câmara dos Deputados e pré-estréia de documentário lembram hoje os 10 anos da morte do educador Paulo Freire, que criou um método revolucionário de alfabetização para adultos.

Comemorações hoje no Brasil e em várias partes do mundo irão lembrar os 10 anos da morte do educador Paulo Freire. Criador de um método de alfabetização para adultos revolucionário e reconhecido no exterior, Freire foi exilado na época do regime militar no país, porque sua forma de ensinar a ler e a escrever levava à conscientização. Durante o exílio, viveu na Bolívia, Chile, Estados Unidos, Suíça e em alguns países africanos. Foi também secretário municipal de Educação de São Paulo, na gestão da prefeita Luiza Erundina (1989-1992).

Na Câmara dos Deputados, no plenário Ulyses Guimarães, haverá uma sessão solene hoje, às 10h, por iniciativa dos deputados Ivan Valente (PSol-SP), Chico Alencar (PSol-RJ), Luiza Erundina (PSB-SP) e Paulo Rubem Santiago (PT-PE). No Ministério da Educação, às 15h, será exibido o documentário Paulo Freire — Contemporâneo.

Na Pontífica Universidade Católica (PUC) de São Paulo, onde Paulo Freire lecionou por 17 anos no programa de pós-graduação em educação, haverá, no próximo dia 29, um dia inteiro de palestras e debates sobre o trabalho do educador. Seminários e debates sobre a obra de Freire também acontecerão nos próximos dias em Recife, São Paulo, Mogi das Cruzes (SP), Florianópolis, Rio Grande (RS) e Jequié (BA).

Ao contrário do que muita gente acredita, não é errado dizer que, hoje, comemora-se os 10 anos da morte de Paulo Freire. “Comemorar significa memorar junto, lembrar junto. O que não é a mesma coisa de festejar. Portanto, no dia 19 de setembro de 2007, na data de seu nascimento, nós festejaremos os 86 anos que ele faria”, observa Mário Sérgio Cortella, professor da PUC-SP, que foi chefe de gabinete de Freire na Secretaria de Educação de São Paulo e depois o sucedeu no cargo. Para Cortella, que leciona educação e teologia na PUC, “não dá para pensar na educação no mundo contemporâneo sem levar em conta a obra de Paulo Freire”.

Pernambucano de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana de Recife, Freire tem obras publicadas no Brasil e no exterior. Entre os seus principais livros estão Pedagogia do Oprimido e Educação como prática da liberdade. Ele lecionou na Universidade de Harvard (EUA) e foi consultor especial do Departamento de Educação do Conselho Mundial de Igrejas, em Genebra (Suíça).

Recebeu, entre outros, os prêmios Unesco da Educação para a Paz, Rei Balduíno para o Desenvolvimento e Educador do Continente, da Organização dos Estados Americanos (OEA). Ganhou o título de doutor honoris causa de 39 universidades de todo o mundo e é cidadão honorário de várias cidades no Brasil e no exterior. Só no Brasil, pelo menos 300 escolas têm o seu nome como homenagem.

Integrante de um grupo de alfabetização que lecionava em favela da periferia de São Paulo no final dos anos 1970, o professor e engenheiro Francisco Eduardo Pereira Filho, 48 anos, reunia-se frequentemente com o educador, em sua casa. “Vivíamos o dia-a-dia na comunidade e discutíamos essa realidade. Aprendíamos com a comunidade e reavaliávamos muita coisa que estava no papel”, lembra o professor. Trabalhar com Paulo Freire, foi uma experiência marcante, segundo Francisco Eduardo. “Percebo isso nos pequenos detalhes de tudo que faço no meu trabalho e no dia-a-dia”, relatou.

Quando morreu, em 1997, Freire tinha 76 anos e continuava em intensa atividade. Escrevia e fazia palestras pelo país. Ele produzia, naquele momento, um texto indignado sobre o assassinato do índio Galdino de Jesus dos Santos, queimado por um grupo de jovens de Brasília, em 1997. O crime chocou o país pela brutalidade.

Não dá para pensar na educação no mundo contemporâneo sem levar em conta a obra de Paulo Freire

Mário Sérgio Cortella, professor da PUC-SP

O número
300
Escolas em todo o país foram batizadas com o nome do educador

Para entender o professor

O documentário Paulo Freire – Contemporâneo é lição de casa para os querem entender melhor a figura do educador, um homem de classe média, que tinha “fome da cabeça” e revolucionou a história da educação ao defender o diálogo entre professor e aluno. O filme, dirigido por Toni Venturi, é resultado do concurso Prêmio Documentário Paulo Freire — A Contemporaneidade de um Mestre, promovido pelo Ministério da Educação. O documentário será exibido hoje em vários horários (7h, 9h, 13h e 17h), na TV Escola, disponível para assinantes de tevê por assinatura. Em Brasília, haverá uma pré-estréia do filme no Ministério da Cultura, às 16h. O documentário não deve ser exibido nos cinemas.

O diretor de filmes premiados como Cabra Cega, Latitude Zero e os documentários Dia de Festa e O Velho, faz um passeio geral pelas idéias, pela vida, pela obra, pela memória e pelo legado de Freire, em 50 minutos de película. O que mais impressiona no trabalho é observar o quanto é atual a filosofia do educador, que defendia a democratização do acesso à educação.

O que ficou conhecido como “metódo Paulo Freire” propunha um aprendizado ligado ao cotidiano dos alunos, que aprendiam a se relacionar com seu mundo e com seu educador. O método foi aplicado por Freire na Campanha Nacional de Alfabetização durante o governo de João Goulart e foi um dos pivôs do seu exílio. Um dos seus principais livros Pedagogia do Oprimido, escrito em 1970, foi proibido no Brasil até 1974, quando o general Ernesto Geisel iniciou o processo de abertura cultural.

Paulo Freire — Contemporâneo não poderia ter nome mais adequado. Retrata a figura que esse sempre menino teve diante dos desafios que à aprendizagem demonstrava ser. E Venturi vai buscar de forma sóbria e criativa as experiências que hoje utilizam os princípios de Freire.

Como o programa de alfabetização que ele promoveu em Angicos (RN). É neste pequeno município, que viu a alfabetização florescer e morrer do dia para a noite, quando o programa foi cancelado pelo governo militar, que ainda moram os alunos de Freire. Em depoimentos emocionados, eles contam como foi a chegada do educador e de sua trupe à cidade.

“É um documentário clássico. Procurei resgatar toda a experiência com meu processo de aprendizado na adolescência. Estudei em um colégio de vanguarda, o Oswaldo Aranha, e lá discutíamos os preceitos e a importância de uma educação libertadora”, comenta Venturi.

Paulo Freire: 10 anos depois
Neste espaço você encontrará informes sobre os principais eventos, nacionais e internacionais, de celebração dos 10 anos da morte de Paulo Freire. Informações sobre programação podem ser adquiridas diretamente com as pessoas e instituições organizadoras.

Maio

Paulo Freire: 10 anos

Instituição: Centro Paulo Freire Estudos e Pesquisas

Local: Centro Paulo Freire, Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, Brasil

Data: 2 a 4 de maio de 2007

Mais informações: João Francisco de Souza – [email protected] endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
e [email protected] endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
/ www.paulofreire.org.br

Tel.:               (81) 2126 – 8809

Vida
Nascido em 19 de setembro de 1921 de pais de classe média em Recife, Brasil, Paulo Freire conheceu a pobreza e a fome durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os pobres e o ajudaria a construir seu método de ensino particular.

Freire entrou para a Universidade de Recife em 1943, para cursar a Faculdade de Direito, mas também se dedicou aos estudos de filosofia da linguagem. Apesar disso, ele nunca exerceu a profissão e preferiu trabalhar como professor numa escola de segundo grau ensinando a língua portuguesa. Em 1944, ele se casa com Elza Maia Costa de Oliveira, uma colega de trabalho. Os dois trabalharam juntos pelo resto de suas vidas e tiveram cinco filhos.

Em 1946, Freire foi indicado Diretor do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social no estado de Pernambuco. Trabalhando inicialmente com analfabetos pobres, Freire começou a se envolver com um movimento não ortodoxo chamado Teologia da Libertação. Uma vez que era necessário que o pobre soubesse ler e escrever para que tivesse o direito de votar nas eleições presidenciais.

Em 1961, ele foi indicado para diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade de Recife, e em 1962 ele teve sua primeira oportunidade para uma aplicação significante de suas teorias, quando ele ensinou 300 cortadores de cana a ler e a escrever em apenas 45 dias. Em resposta a este experimento, o Governo Brasileiro aprovou a criação de centenas de círculos de cultura ao redor do país.

Em 1964, um golpe militar extinguiu este esforço, Freire foi encarcerado como traidor por 70 dias. Em seguida ele passou por um breve exílio na Bolívia, trabalhou no Chile por cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a Organização de Agricultura e Alimentos da Organização das Nações Unidas. Em 1967, Freire publicou seu primeiro livro, Educação como prática da liberdade.

O livro foi bem recebido, e Freire foi convidado a ser professor visitante da Universidade de Harvard em 1969. No ano anterior, ele screvera seu mais famoso livro, Pedagogia do Oprimido, o qual foi publicado também em espanhol e em inglês em 1970. Por ocasião da rixa política entre a ditadura militar e o socialista-cristão Paulo Freire, ele não foi publicado no Brasil até 1974, quando o General Geisel tomou o controle do Brasil e iniciou um processo de liberalização cultural.

Depois de um ano em Cambridge, Freire se mudou para Geneva, Suiça, para trabalhar como consultor educacional para o Conselho Mundial de Igrejas. Durante este tempo Freire atuou como um consultor em reforma educacional em colônias portuguesas na África, particularmente Guinea Bissau e Moçambique.

Em 1979, ele já podia retornar ao Brasil, mas só voltou em 1980. Freire se filiou ao Partido dos Trabalhadores na cidade de São Paulo e atuou como supervisor para o programa do partido para alfabetização de adultos de 1980 até 1986. Quando o PT foi bem sucedido nas eleições municipais de 1988, Freire foi indicado Secretário de Educação para São Paulo.

Em 1986, sua esposa Elza morreu e Freire casou com Maria Araújo Freire, que também seguiu seu programa educacional.

Em 1991, o Instituto Paulo Freire foi fundado em São Paulo para extender e elaborar suas teorias sobre educação popular. O instituto mantem os arquivos de Paulo Freire.

Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de 1997 às 6h53 no Hospital Albert Einstein em São Paulo devido a complicações na operação de desobstrução de artérias, mas teve um infarto.

Primeiros trabalhos
No início da década de 1960 montou, no estado de Pernambuco, um plano de alfabetização de adultos que serviu de base ao desenvolvimento do que se denominou Método Paulo Freire de alfabetização popular, reconhecido internacionalmente.

Durante o regime militar de 1964, trabalhou fora do Brasil.

Com a anistia, na década de 1980, retornou ao país, tendo dirigido a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo durante a administração de Luiza Erundina (1989-1993).

A Pedagogia da libertação
Paulo Freire delineou uma pedagogia da libertação, intimamente relacionada com a visão do terceiro mundo e das classes oprimidas na tentativa de elucidá-las e conscientizá-las políticamente. As suas maiores contribuições foram no campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e adultos operários, chegando a influenciar em movimentos como os das CEBs – Comunidades Eclesiais de Base. Informações colhidas no CEDOT

No entanto, a obra de Paulo Freire ultrapassa esse espaço e atinge toda a educação, sempre com o conceito básico de que não existe uma educação neutra: segundo a sua visão, toda a educação é, em si, política.

Palavras (articuladoras do pensamento crítico) e a pedagogia da pergunta, são princípios da pedagogia de Paulo Freire.

 Ver também
Método Paulo Freire
Pedagogia da Autonomia

Frases
Nos anos 60 fui considerado um inimigo de Deus e da Pátria, um bandido terrível. Hoje diriam que eu sou apenas um saudosista das esquerdas.
Descobri que o analfabetismo era uma castração dos homens e das mulheres, uma proibição que a sociedade organizada impunha às classes populares.
O que o capitalismo tem de bom é apenas a moldura democrática. Um dos maiores erros históricos das esquerdas que se fanatizaram foi antagonizar socialismo e democracia.
O Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetismo, implantado durante o regime militar) nasceu para negar meu método, para silenciar meu discurso.
Meu sonho de sociedade ultrapassa os limites do sonhar que aí estão.
O autoritarismo é uma das características centrais da educação no Brasil, do 1o grau à universidade.
Os negros no Brasil nascem proibidos de ser inteligentes.
A democracia não pretende criar santos, mas fazer justiça.
Eu não aceito que a ética do mercado, que é profundamente malvada, perversa, a ética da venda, do lucro, seja a que satisfaz ao
ser humano.
A educação já foi tida como mágica, podia tudo, e como negativa, nada podia. Chegamos à humildade: ela não é a chave da transformação da
sociedade.
Um dos grandes pecados da escola é desconsiderar tudo com que a criança chega a ela. A escola decreta que antes dela não há nada.
Criar o que não existe ainda deve ser a pretensão de todo sujeito que está vivo.

Obras
1959: Educação e atualidade brasileira. Recife: Universidade Federal do Recife, 139p. (tese de concurso público
para a cadeira de História e Filosofia da Educação de Belas Artes de
Pernambuco).
1961: A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 90p.
1963: Alfabetização e conscientização. Porto Alegre: Editora Emma.
1967: Educação como prática da liberdade. Introdução de Francisco C. Weffort. Rio de Janeiro: Paz e Terra, (19 ed., 1989, 150 p).
1968: Educação e conscientização: extencionismo rural. Cuernavaca (México): CIDOC/Cuaderno 25, 320 p.
1970: Pedagogia
do oprimido. New York: Herder & Herder, 1970 (manuscrito em português de 1968).
Publicado com Prefácio de Ernani Maria Fiori. Rio de Janeiro, Paz e
Terra, 218 p., (23 ed., 1994, 184 p.).
1976: Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Tradução de Claudia Schilling, Buenos Aires: Tierra Nueva, 1975.
Publicado também no Rio de Janeiro, Paz e terra, 149 p. (8. ed., 1987).
1977: Cartas à Guiné-Bissau. Registros de uma experiência em processo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, (4 ed., 1984), 173 p.
1978: Os cristãos e a libertação dos oprimidos. Lisboa: Edições BASE, 49 p.
1979: Consciência e história: a práxis educativa de Paulo Freire (antologia). São Paulo: Loyola.
1979: Multinacionais e trabalhadores no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 226 p.
1980: Quatro cartas aos animadores e às animadoras culturais. República de São Tomé e Príncipe: Ministério da Educação e Desportos, São Tomé.
1980: Conscientização: teoria e prática da libertação; uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 102 p.
1981: Ideologia e educação: reflexões sobre a não neutralidade da educação. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
1981: Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
1982: A importância do ato de ler (em três artigos que se completam). Prefácio de Antonio Joaquim Severino. São Paulo: Cortez/ Autores
Associados. (26. ed., 1991). 96 p. (Coleção polêmica do nosso tempo).
1982: Sobre educação (Diálogos), Vol. 1. Rio de Janeiro: Paz e Terra ( 3 ed., 1984), 132 p. (Educação e comunicação, 9).
1982: Educação popular. Lins (SP): Todos Irmãos. 38 p.
1983: Cultura popular, educação popular.
1985: Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 3ª Edição
1986: Fazer escola conhecendo a vida. Papirus.
1987: Aprendendo com a própria história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 168 p. (Educação e Comunicação; v.19).
1988: Na escola que fazemos: uma reflexão interdisciplinar em educação popular. Vozes.
1989: Que fazer: teoria e prática em educação popular. Vozes.
1990: Conversando con educadores. Montevideo (Uruguai): Roca Viva.
1990: Alfabetização – Leitura do mundo, leitura da palavra. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
1991: A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 144 p.
1992: Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra (3 ed. 1994), 245 p.
1993: Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho d’água. (6 ed. 1995), 127 p.
1993: Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 119 p.
1994: Cartas a Cristina. Prefácio de Adriano S. Nogueira; notas de Ana Maria Araújo Freire. São Paulo: Paz e Terra. 334 p.
1994: Essa escola chamada vida. São Paulo: Ática, 1985; 8ª edição.
1995: À sombra desta mangueira. São Paulo: Olho d’água, 120 p.
1995: Pedagogia: diálogo e conflito. São Paulo: Editora Cortez.
1996: Medo e ousadia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987; 5ª Edição.
1996: Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
2000: Pedagogia da indignação – cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP, 134 p.

Bibliografia sobre Paulo Freire
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Fonte: Correio Braziliense /  Gilberto Nascimento

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