Nos dias 25 a 27 de maio, cerca de 60 educadores/as de Minas Gerais se reuniram para o Encontro Estadual da Rede de Educação Cidadã. Com o tema "Pensar a Rede, Minas e o Brasil", o grupo se propôs a conhecer melhor as diversas realidades presentes no estado e a analisar a conjuntura.
Nos dias 25 a 27 de maio, cerca de 60 educadores/as de Minas Gerais se reuniram para o Encontro Estadual da Rede de Educação Cidadã. Com o tema "Pensar a Rede, Minas e o Brasil", o grupo se propôs a conhecer melhor as diversas realidades presentes no estado e a analisar a conjuntura. A partir da avaliação das ações de educação popular e mobilização social, realizadas em Minas, o encontro também teve como objetivo contribuir no fortalecimento da Rede e na construção de seu Projeto Político Pedagógico.
Para Adelina, do grupo de mulheres de Paracatu, o encontro propiciou uma relação de maior compromisso com toda a Rede, em Minas e no Brasil: "Vim para cá e não imaginei que iria aumentar tanto a responsabilidade! Saber que assumimos um compromisso tão enorme, mas não estou sozinha, há pessoas no trabalho também", afirmou a integrante do encontro.
A metodologia foi criada para partir do local, ir à macro realidade e, depois, o retorno para o local, como propõe Paulo Freire. Para isso, a equipe organizou o tempo em trabalhos em grupo, para a partilha da vida e do trabalho dos/as educadores/as, análise de conjuntura, feita por Selvino Heck, da Assessoria da Presidência da República, e a avaliação das ações de educação popular e mobilização social, assessorada por Raiane Assumpção, do Instituto Paulo Freire. "A análise dos relatórios mostra as conquistas, mas ainda é pouco dentro de uma realidade tão grande. Precisamos de multiplicadores deste trabalho. Não podemos sair daqui com a idéia de que já está muito bom, mas que ainda há muita coisa a ser feita", avaliou o educador Marcos, de Juiz de Fora.
Para Adnéia, conselheira da Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional do Vale do Mucuri, todo o processo do encontro, a partir da realidade, possibilitou rever a prática. "Voltamos com outro olhar para os grupos, para sermos multiplicadores. Ao repassar, aprendemos com o grupo, num processo de aprender e conhecer com o outro. Que possa ter mais encontros assim, para trazer essas experiências e que possa ser também em outras regiões de Minas", sugeriu.
Além das reflexões, o grupo contou também com momentos de confraternização, marcados pela Noite Cultural, com os músicos Zé Martins e Zé Neto, animadores dos encontros inter-eclesiais das CEBs. Uma das educadoras presentes, Fernanda, do Grupo Solidariedade, encantou os/as companheiros/as com danças árabes, uma das atividades que realiza em seu trabalho com portadores de HIV e usuários de drogas nas ruas de Belo Horizonte.
O encontro foi realizado na cidade de Mário Campos, na região Metropolitana de Belo Horizonte, no Recanto Santo Agostinho.