Caso Galdino se repete no norte de Minas com índio Xakriabá

O fato ocorrido na madrugada de domingo com o índio Xakriabá na cidade de Manga, interior de Minas, toma maior repercussão, quando se constata que o assassinato do índio Avelino Nunes pode ter sido praticado por jovens de classe média filhos de prováveis fazendeiros da região e com requintes de crueldade

O fato ocorrido na madrugada de domingo com o índio Xakriabá na cidade de Manga, interior de Minas, toma maior repercussão, quando se constata que o assassinato do índio Avelino Nunes pode ter sido praticado por jovens de classe média filhos de prováveis fazendeiros da região e com requintes de crueldade que lembra o crime praticado há 10 anos atrás contra Galdino Pataxó em Brasília. A repercussão em Minas Gerais do assassinato de Avelino Xakriabá foi imediata. Instituições, movimentos sociais e entidades ligadas aos direitos humanos e parlamentares estão se manifestando. Deputados Estaduais farão pronunciamentos na Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais sobre o caso.

O Crime:

O crime aconteceu quando Avelino Nunes encontrava-se dormindo na praça da cidade aguardando o dia amanhecer para retornar  à sua aldeia. Ele estava liderando, juntamente com outros Xakriabá um  processo de reconquista territorial, como forma de pressão para que a Funai  realize a demarcação integral do território Xakriabá. Estas ações de retomadas na região tem causado reações contrárias dos fazendeiros e empresas ligadas ao agro-negócio, onde  vem se registrando disputa acirrada  pelas terras tradicionais indígenas..  

 Os jovens agressores agiram de forma brusca e sem qualquer chance de reação mataram o índio,  deixando-o caído sobre  sangue, de acordo os relatos na Polícia local. Os jovens só pararam de espancar  o índio após terem a certeza de que o mesmo estaria morto e  pelo fato de moradores do local perceberem uma movimentação na praça de Manga.

O Conselho Indigenista Missionário-Cimi, juntamente com outras entidades ligadas aos Direitos Humanos formaram uma Comissão e estarão na região reunindo-se com as autoridades locais, exigindo apuração e punição rigorosa aos culpados.
 
 
CIMI LESTE
COORDENAÇÃO REGIONAL

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