O Centro Tecnológico de Treinamento na produção de carne de sol apresenta-se como um ponto de referencia para treinamento de mais de 2100 açougueiros e magarefes que se encontra em atividades na microrregião de Itapetinga, composta por 14 municípios. Por outro lado, a implantação do Centro Tecnológico beneficiará em torno de 12 mil pessoas envolvidas indiretamente nessa atividade de abate de animais e na produção de carne de sol na microrregião.
Título do Projeto Local de Execução
CENTRO TECNOLOGICO DE TREINAMENTO NA PRODUÇÃO DE CARNE DE SOL E CORTES DE CARNES PARA AÇOUGUEIROS E MAGAREFES DA MICRORREGIÃO DE ITAPETINGA.
UESB Campus de Itapetinga/BA
Clientela Beneficiada: Açougueiros, magarefes, alunos dos Cursos de Zootecnia e Engenharia de Alimentos.
Recurso Solicitado (R$): 480.000,00
Departamento/Setor: DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA RURAL E ANIMAL- DTRA
Proponente/Coordenador: Prof. José Luiz Rech
Objetivos/Justificativa
O Centro Tecnológico de Treinamento na produção de carne de sol apresenta-se como um ponto de referencia para treinamento de mais de 2100 açougueiros e magarefes que se encontra em atividades na microrregião de Itapetinga, composta por 14 municípios. Por outro lado, a implantação do Centro Tecnológico beneficiará em torno de 12 mil pessoas envolvidas indiretamente nessa atividade de abate de animais e na produção de carne de sol na microrregião. O Centro tem como objetivo orientar esses trabalhadores, através de treinamento para a produção de carne de sol e ampliar o potencial de industrialização desse alimento, tendo como finalidade o aumento de sua vida de prateleira, podendo ser comercializado para todo o Brasil e/ou para o exterior. Também terá como função orientá-los nos cortes padrões das carcaças de bovinos, suínos e ovinos comercializados para a população. Essa orientação técnica dará uma maior perspectiva de gerar um aumento na renda familiar desses trabalhadores, onde esses poderão produzir seus próprios produtos no Centro com orientação e supervisão, visando obter uma melhor qualidade dos produtos cárneos. A carne de sol surgiu com uma alternativa na preservação do excedente de produção da carne bovina, devido às dificuldades encontradas para a sua conservação, além de que, o baixo nível econômico da população dava preferência pelo processo de salga e desidratação, pois as condições climáticas do nordeste permitiam a facilidade de se obter o sal, tornando-se uma pratica cultural na região (salgar as carnes). Ainda hoje apesar de quase 350 anos, se constata que o preparo da carne de sol na região é extremamente artesanal e de aspectos higiênico-sanitario insatisfatório, o que resulta um produto de vida de prateleira entre 3 a 5 dias, além de poder ocasionar riscos de incidência de gastrenterites alimentares na população que vêm se alimentando do produto. Outra preocupação, é que se não tornamos a carne de sol um produto de qualidade, estaremos sujeitos, em um curto espaço de tempo, receber em nossas mesas produtos elaborados por indústria do centro do país. Através da expansão do comercio e do aumento do turismo, cada vez maior na região do nordeste, a carne de sol tem sido um dos pratos mais procurados por esses visitantes, onde propagam a sua qualidade organolépticas e nutricionais no retorno aos seus estados ou paises de origem. Este fato vem proporcionando maiores estudos sobre a carne de sol no centro e sul do país, pelas indústrias de carne, que visam ampliar seu marcado de comercialização.