Resultado do trabalho de pesquisa de 28 organizações ligadas à defesa dos direitos humanos, o Relatório Direitos Humanos no Brasil 2007 é organizado pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos e traz um panorama sobre as violações de direitos humanos no Brasil este ano.
O lançamento aconteceu dia 6 de dezembro, na Ação Educativa, em São Paulo, com uma entrevista coletiva para a imprensa nacional e internacional. No dia 11 de dezembro, às 19h, o livro será lançado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (Praia Vermelha), dentro do Seminário Direitos Humanos: Releituras e Desafios.
O primeiro capítulo, intitulado "Direitos humanos no meio rural", contém dados sobre a violência no campo e um balanço sobre a política agrária no Governo Lula. Também trata do agronegócio e sua ligação com a violação dos direitos humanos, além de trazer uma análise sobre o trabalho escravo no país, a situação dos trabalhadores no corte de cana no interior de São Paulo, das comunidades quuilombolas no Brasil, as violências contra os povos indígenas, a situação do sertão baiano com a extração de urânio em Caetité, entre outras informações.
A segunda parte tem como tema "Direitos humanos no meio urbano". Os textos abordam problemas como a segurança pública no estado do Rio de Janeiro, a situação dos migrantes bolivianos, dados sobre moradia e o tráfico de pessoas no Brasil.
O relatório enfoca, em seu terceiro capítulo, dados sobre o direito à educação e o direito à alimentação; a situação da mulher; e uma análise sobre política e o desenvolvimento no contexto da Amazônia.
As políticas internacionais e os direitos humanos são os destaques do último capítulo do Relatório Direitos Humanos no Brasil 2007. Estão ali análises sobre o endividamento público interno e externo e o impedimento à satisfação dos direitos humanos, e a atuação das tropas da ONU e as violações de direitos humanos no Haiti.
Com prefácio de Plínio de Arruda Sampaio, advogado e presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária, e organizada pelas jornalistas Evanize Sydow e Maria Luisa Mendonça, com fotos de João Ripper, a obra é publicada em português e inglês, e composta por artigos de:
– Alessandro Molon, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro
– Antônio Canuto, Secretário da Comissão Pastoral da Terra Nacional
– Aton Fon Filho, advogado e diretor da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
– Cecília MacDowell Santos, pesquisadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra
– Douglas Elias Belchior, Coordenador da Sede Nacional da Educafro
– Evanize Sydow, jornalista da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
– Gabriel B. Fernandes, assessor técnico da AS-PTA (Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa)
– Jelson Oliveira, agente da Comissão Pastoral da Terra/Paraná
– José Juliano de Carvalho Filho, economista e Diretor da ABRA (Associação Brasileira de Reforma Agrária)
– Leandro Gaspar Scalabrin, advogado do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
– Lindomar Silva, Secretario Regional da Cáritas Brasileira Regional Norte II (Pará e Amapá)
– Luciane Udovic, membro da Coordenação Continental do Grito dos Excluídos
– Luiz Bassegio, membro da Coordenação Continental do Grito dos Excluídos
– Marcia Anita Sprandel, antropóloga, integrante da Comissão de Relações Étnicas e Raciais da Associação Brasileira de Antropologia e do Grupo de Pesquisa Pensamento Social
– Mariângela Graciano, assessora da Ação Educativa
– Maria Lúcia Fatorelli Carneiro, Auditora Fiscal da Receita Federal e Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida pela Rede Jubileu Sul
– Maria Luisa Mendonça, diretora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
– Marluce Melo, coordenadora da Comissão Pastoral da Terra – NE
– Nelson Saule Júnior,coordenador da Equipe Direito à Cidade do Instituto Pólis
– Patricia de Menezes Cardoso, advogada da equipe Direito à Cidade do Instituto Pólis
– Paulo César Pedrini, diretor da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Público Estadual de São Paulo) e coordenador da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo
– Paulo Maldos, assessor político do Conselho Indigenista Missionário
– Ricardo Rezende Figueira, professor da UFRJ e membro da coordenação do Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo IFCH/UFRJ
– Roberto Malvezzi, membro da Comissão Pastoral da Terra
– Roberto Rainha, advogado da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
– Sérgio Haddad, assessor da Ação Educativa
– Suzana Angélica Paim Figuerêdo, advogada militante na área dos DDHH
– Suzana Keniger Lisboa, membro da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos
– Zoraide Villasboas, jornalista e membro da coordenação da Associação Movimento Paulo Jackson Ética, Justiça, Cidadania
Informações:
Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
Tel. (11) 3275-4789 / 3271-1237