1500 trabalhadores e trabalhadoras ocuparam a ferrovia da Companhia Vale no município de Governador Valadares, ao lado da BR 38, no Vale do Rio Doce. Os manifestantes denunciam que nenhuma das pautas anunciadas na ocupação dos trilhos no município de Resplendor, em março deste ano, foram atendidas.
Desde às 6 horas da manhã do dia 12 de junho,1500 trabalhadores e trabalhadoras ocuparam a ferrovia da Companhia Vale no município de Governador Valadares, ao lado da BR 38, no Vale do Rio Doce. Os manifestantes denunciam que nenhuma das pautas anunciadas na ocupação dos trilhos no município de Resplendor, em março deste ano, foram atendidas. Os crimes ambientais e sociais cometidos pela empresa continuam ocorrendo. Ate o momento, não houve assentamento das famílias, mas o problema no sistema de esgoto da cidade de Resplendor permanece.
A mobilização acontece junto das comunidades atingidas pela barragem de Baguari, pertencente a Vale e a outras empresas. A barragem irá atingir mais de 500 famílias e até o momento nenhuma negociação foi realizada.
A VALE consome 5% de toda a energia produzida pelo país e acaba de fechar um contrato com distribuidoras de energia para pagar R$ 0,03 por cada kwatt/h. Enquanto isso, o povo paga R$ 0,62.
A Lei Kandir beneficia as empresas mineradoras, determinando que as atividades primário-exportadoras sejam isentas de pagamento de ICMS (18%). Além disso, os royalties pagos pelo setor são irrisórios. Em 2007, quando as exportações do setor somaram R$ 16 bilhões, foram pagos apenas R$ 153 milhões em royalties, ou seja, menos de 1%.
A Vale também é responsável pela crise dos alimentos. Está plantando 345 milhões de árvores de eucalipto até 2015, que servirão para abastecer a siderurgia, monocultura que expulsa os trabalhadores rurais de suas terras e destroem o meio ambiente.
A Vale recebeu recentemente benefícios do BNDES de R$ 7,3 bi para pagar em 40 anos sob juros irrisórios, graças a sua influência política. Ao passo que um trabalhador da VALE chega a receber R$ 550,00 por mês, trabalhando durante 6 horas diárias.
.A mobilização integra a jornada nacional de luta contra a política econômica e contra o agro-negócio, dos quais a Vale é símbolo, por ser uma empresa que exporta a maior parte das riquezas extraídas do Brasil. A empresa também prejudica o meio ambiente e as comunidades onde atua: indígenas, quilombolas, atingidos por barragens e camponeses. A Vale é campeã de multas no Ibama. Responde na Justiça por processos trabalhistas e ainda insiste em negar a responsabilidade sobre seus impactos.
A mobilização exige a reestatização da Companhia Vale.
Contatos
35– 9168 4644, 31– 8515 0960, 31– 9299 4764
Um outro mundo é possível. Um outro Brasil é necessário!