Será conhecida hoje (23) a sentença final do Tribunal Permanente dos Povos que julga aproximadamente 30 empresas transnacionais que atuam na economia da Colômbia. Comunidades indígenas e camponesas, organizações sindicais e populares apresentaram diante do Tribunal denúncias sobre violação dos direitos humanos por parte das transnacionais e também por parte do governo de Álvaro Uribe.
Será conhecida hoje (23) a sentença final do Tribunal Permanente dos Povos que julga aproximadamente 30 empresas transnacionais que atuam na economia da Colômbia. Comunidades indígenas e camponesas, organizações sindicais e populares apresentaram diante do Tribunal denúncias sobre violação dos direitos humanos por parte das transnacionais e também por parte do governo de Álvaro Uribe.
Desde 2005, foram realizadas dezessete audiências preliminares nacionais e internacionais e seis audiências especializadas por setor da economia. A Audiência Final da sessão Colômbia começou na segunda-feira (21), no auditório Leon de Greiff, da Universidade Nacional da Colômbia, e está sendo presidida por Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz de 1980.
Aproximadamente 2500 delegados de todas as regiões do país assistem à sessão. Mais de 70 especialistas internacionais participam das discussões. Durante a Audiência, foram realizadas diversas manifestações em frente às matrizes das empresas denunciadas. Ontem (22), foi celebrado o Dia Mundial contra as Políticas das Transnacionais. Para hoje, foi preparado um boicote global contra matérias-primas que são utilizados pelas empresas acusadas.
Entre as empresas denunciadas, estão: Coca Cola, Nestlé, Chiquita Brands, BP, OXI, Repsol, Drummond, Cemex, Holcim, Muriel, Glencore-Xtrata, Anglo American, Bhp Billington, Anglo Gold, Monsanto, Smurfit Kapa – Cartón de Colombia, Multifruits S.A. – Delmonte, Pizano S.A y su filial Maderas del Darién, Urapalma S.A, Dyncorp; Unión Fenosa, Aguas de Barcelona, Canal Isabel II, Endesa, Telefónica y TQ3.
Na audiência realizada na semana passada, nos dias 18 e 19 de julho, o TPP acusa o governo colombiano de genocídio indígena ocorrido em Atanquez, comunidade indígena Kankuamo, localizada na Serra Nevada de Santa Marta. Baseado em testemunhos e documentos, o TPP emitiu a sentença de acusação ao Estado colombiano e ao governo de Álvaro Uribe, pela violação de direitos coletivos e individuais dos povos indígenas da Colômbia, concretizadas com a implementação de políticas de extermínio, genocídio, etnocídio e deslocamento de povos indígenas.
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