Começa nesta sexta-feira (25/07) e vai até domingo (27) o VI Encontro Internacional de Economia Solidária, realizado na Universidade de São Paulo, Brasil. Com o tema "Economia Solidária e Modelo de Desenvolvimento", o evento vai reunir trabalhadores, representantes de movimentos sociais, estudantes, professores e representantes de governos da América Latina para debater e trocar idéias sobre Economia Solidária no interior das organizações e universidades do país.
Começa nesta sexta-feira (25/07) e vai até domingo (27) o VI Encontro Internacional de Economia Solidária, realizado na Universidade de São Paulo, Brasil. Com o tema "Economia Solidária e Modelo de Desenvolvimento", o evento vai reunir trabalhadores, representantes de movimentos sociais, estudantes, professores e representantes de governos da América Latina para debater e trocar idéias sobre Economia Solidária no interior das organizações e universidades do país.
Entre os assuntos abordados pelos participantes, estarão: Educação, Política e Economia Solidária, Princípios da Economia Solidária, Organização do Trabalho, Tecnologia e Sustentabilidade, Desenvolvimento social e políticas públicas. Nessa sexta-feira (25), o debate será sobre Economia Solidária e Modelo de Desenvolvimento, com a presença dos palestrantes Andrés Antillano, do Comitê de Terras Urbanas da Venezuela, e de Antônio Cruz, da Universidade Católica de Pelotas (RS).
Um dos participantes desse debate, Daniel Tygel, do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, esclarece que a Economia Solidária não é um modelo definido de desenvolvimento, mas sim valores, baseados na autogestão e na democratização da economia, que podem transformar o modelo atual. Daniel acredita que a Economia Solidária está borbulhando na América Latina.
Dentro do processo mundial que busca uma economia alternativa, ele destaca os diferenciais da região: "A criatividade, a diversidade e a experimentação abrem portas para o desenvolvimento da Economia Solidária. Além disso, os governos atuais são propícios ao diálogo sobre essa questão". Daniel ressalta que, em outubro, haverá um encontro no Uruguai, em que as redes da América Latina pretendem lançar uma plataforma sobre Economia Solidária e Comércio Justo para a região.
Para buscar a transformação do modelo econômico atual, os movimentos sociais inseridos na Economia Solidária agem por meio de duas estratégias. A primeira diz respeito às políticas públicas, na tentativa de que o Estado reconheça os empreendimentos solidários como meio para atingir o desenvolvimento econômico. "A matriz do desenvolvimento ainda se encontra baseada nas grandes empresas privadas", ressalta. A segunda relaciona-se à questão da mobilização social e da divulgação. Nesse sentido, ele cita o Conselho Nacional de Economia Solidária.
A Universidade também tem um papel a desempenhar na construção dessa outra economia. "Acredito que é fundamental a aproximação da Universidade com a Economia Solidária e com os movimentos sociais em geral. Esse encontro propicia um espaço de trocas entre ativista e intelectuais. Isso pode ser muito rico para os dois lados", afirma Daniel.
No sábado (26), o tema do debate será a relação da Economia Solidária com o Mercado, com a presença de Pau Singer, da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES/TEM), de Juan Sebástian Roldán, vice-ministro de Governo do Equador, e de João Machado, economista da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Haverá também uma mesa que discutirá "Diversidade, Mídia, arte e política: a construção da cultura na Economia Solidária". Já no domingo, será a vez de abordar o Planejamento econômico e organização comunitária.
As matérias sobre Economia Solidária são produzidas com o apoio do Banco do Nordeste do Brasil.