Grito dos Excluídos: um outro mundo é possível

Uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.

O que é

O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.

O Grito dos Excluídos, como indica a própria expressão, constitui-se numa mobilização com três sentidos:

-Denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social;

-Tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome;

-Propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos/as os cidadãos/ãs.

O Grito se define como um conjunto de manifestações realizadas no Dia da Pátria, 7 de setembro, tentando chamar à atenção da sociedade para as condições de crescente exclusão social na sociedade brasileira. Não é um movimento nem uma campanha, mas um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças.

As atividades são as mais variadas: atos públicos, romarias, celebrações especiais, seminários e cursos de reflexão, blocos na rua, caminhadas, teatro, música, dança, feiras de economia solidária, acampamentos – e se estendem por todo o território nacional.

O Grito 2008
Em nível nacional estamos realizando neste ano a 14ª edição do Grito dos Excluídos que tem como lema: “Vida em primeiro lugar, direitos e participação popular”.

Mas, a nível municipal aconteceu pela terceira vez o Grito dos Excluídos em Irati – Paraná no dia 30 de agosto. Como de outros anos, a Associação CORAJEM (Comissão Organizadora da Adolescência e Juventude Ecumênica Missionária) mobilizou uma comissão que contou com entidades, como: CEBI (Centro Ecumênico de estudos bíblicos), Associação de Bairro do Nhapindazal, Pastoral da Criança, APP Sindicato, Rede de Educação Cidadã-Paraná e Projeto Brasil Local, que planejou as atividades para este ano.

A manifestação teve variadas atividades durante o dia: pela manhã aconteceu o debate que teve como tema: “Política Públicas e Economia Popular Solidária”, estavam presentes movimentos e grupos populares dos municípios de Irati, Inácio Martins e Mallet. O principal encaminhamento deste debate foi a organização da 1ª Feira Regional-Sul de Economia Popular Solidária que será realizada no mês de fevereiro/ 2009 em Irati-Paraná.

E no período da tarde tivemos um Encontro de troca de experiências sobre o tema do Grito: “Vida em primeiro lugar, direitos e participação popular”, onde contamos com a participação de variados grupos: Associação de Bairro da Vila Nova, Associação do Conjunto Santo Antônio (bairro Rio Bonito), Associação de Bairro do Nhapindazal, Associação CORAJEM, Rede de Educação Cidadã-Paraná, Projeto Brasil Local, Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Irati, Pastoral da Criança, APP Sindicato, CEBI (Centro Ecumênico de Estudos bíblicos) e pessoas dos municípios de Fernandes Pinheiro, Mallet e Inácio Martins.

Neste Encontro primeiramente fizemos a memória da história do Grito dos Excluídos através do vídeo: “10 anos do Grito dos Excluídos”; após a apresentação da peça teatral “Excluídos que excluímos” feita pela Associação CORAJEM; e o debate coletivo a partir do vídeo “A ilha das Flores”, no qual refletimos os problemas, causas e soluções presentes em nossas comunidades, municípios, grupos e sociedade (trabalho, educação, exclusão, etc).

Os temas que mais se destacaram durante o Encontro foram sobre a sociedade não ter um Projeto concreto de desenvolvimento da juventude e sobre as Eleições municipais na qual foi ressaltado que antes de definirmos nosso voto devemos investigar e refletir a história dos candidatos e se suas propostas são realmente comprometidas com a realidade do povo. Também houve o comentário que nós dos movimentos, grupos, entidades e associações organizados, devemos reivindicar e questionar a prática de propostas destes candidatos eleitos.

A juventude que participou ativamente do Encontro, seja na peça teatral e nos debates, encontrou um espaço aberto para expressar seus anseios, sonhos e pensamentos. Segundo a opinião da jovem Taís Regina Denhuke que atua na Associção Corajem e na Rede de Educação Cidadã-Paraná, “atualmente a juventude é muito excluída, oprimida e rotulada pela sociedade, é alvo do consumismo, drogas, violência e desemprego e ainda dizem que somos acomodados, mal-educados, marginais. Se construiu uma imagem muito negativa da juventude, e se esqueceram que nós jovens temos sentimentos, criatividade, protagonismo.

Acredito que a solução é a organização popular, nós jovens precisamos debater políticas públicas, questionar e propor idéias, fazendo nossa voz ecoar. E só conseguiremos isso se tivermos organizados lutando por nossos direitos, seja nos grupos de jovens, grêmio estudantil, grupo de teatro, música, dança, associação, cooperativas, movimentos sociais…”

Na avaliação de João Leite que é integrante do CEBI, “o objetivo de realizar o Grito dos excluídos foi alcançado, pois depois de tanto tempo agora estamos retomando a organização e já estamos pensando como será em 2009.”
Ao final do Encontro foram lançadas várias propostas de atividades para que o Grito dos Excluídos seja contínuo nos próximos anos, neste sentido foi formado uma equipe regional para organização do Grito dos Excluídos em 2009.

Associação CORAJEM
(Comissão Organizadora da Adolescência e Juventude Ecumênica Missionária)
042-3422-9400 – Irati-Paraná
[email protected]

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