As organizações e os movimentos sociais que fazem parte do Grito dos Excluídos realizam diversas manifestações no dia 12 de outubro. Mulheres, idosos, jovens e crianças, indígenas e negros, camponeses e trabalhadores, imigrantes, artistas e membros de várias religiões se juntam com o objetivo de lutar para superar todas as formas de exclusão social.
Adital
As organizações e os movimentos sociais que fazem parte do Grito dos Excluídos realizam diversas manifestações no dia 12 de outubro. Mulheres, idosos, jovens e crianças, indígenas e negros, camponeses e trabalhadores, imigrantes, artistas e membros de várias religiões se juntam com o objetivo de lutar para superar todas as formas de exclusão social.
Os participantes querem também denunciar o modelo neoliberal, excludente e perverso; fortalecer a soberania dos povos e a defesa da vida; resgatar as dívidas sociais; lutar pelo não pagamento da dívida externa; lutar contra todas as formas de migração forçada e pela integração dos povos.
Na Argentina, estão previstas em La Quiaca marchas e acampamentos até a capital de Jujuy e depois até Buenos Aires, onde se juntarão outros grupos para marchar até a Praça de Maio, com o lema "A fome não espera". No Paraguai, a partir do dia 10 de outubro, as organizações começam a entrega de panfletos convidando a população para um debate, na Praça Itália, em Assunção, sobre pobreza e exclusão e a relação do direito à moradia com outros direitos como a saúde, a educação, o trabalho, a segurança, a terra, entre outros.
Na Costa Rica, será realizada uma marcha em La Carpio até o local onde no ano passado houve enfrentamentos com a polícia. Em Porto Rico, as organizações vão impulsionar a campanha de solidariedade ao Haiti: "Haiti somos todos e todas". Na República Dominicana, no dia 12, haverá uma assembléia popular com a agenda básica do movimento. No dia 25 de novembro, as organizações realizam uma marcha contra a violência. Na Bolívia, as entidades pedem apoio internacional contra os grupos paramilitares e contra a criminalização dos movimentos sociais.
O Grito dos Excluídos, por Trabalho, Justiça e Vida, é um conjunto de várias manifestações realizadas nos últimos anos em mais de 23 países do continente americano e se apresenta como um não radical ao neoliberalismo. Começou em 1995 no Brasil, fruto de uma articulação de movimentos sociais, pastorais e denominações religiosas ecumênicas. Em 1999, estendeu-se para as Américas Latina e Central e para o Caribe. No Brasil, as manifestações ocorrem no dia 7 de setembro. Nos demais países, acontecem no dia 12 de outubro.