Um grupo de cerca de 30 educadores populares participaram da conclusão do planejamento da Recid em Goiás, no último fim de semana, 14 e 15 de março, no espaço da Centro Cultural Cara Vídeo, no Criméia Oeste, em Goiânia.
Participaram representantes do Cerrado Assessoria Jurídica Popular, MST, MAB, MTL, Oxumaré (GLBT), Fórum do Grito dos Excluídos, Ibrace, Fórum Goiano de Ecosol, Consean, Coletivo Jovem Meio Ambiente, PJMP e Pastoral da Criança, Pró-jovem e Pronera.
A companheira Rosana, do MST, ajudou o grupo a aprofundar os desafios colocados pela conjuntura dentro de um quadro estrutural de disputa entre projetos: burguesia e trabalhadores. Nesta análise, segundo Rosana, a classe trabalhadora está sendo criminalizada, pelo judiciário, imprensa, por questionar as regras do jogo.
No processo de educação popular, a representante do MST destacou que é importante observar quem são os sujeitos dos processos; como construir valores humanistas e socialistas e trabalhar as diferentes dimensões do ser humano.
O grupo de educadores identificou os desafios internos, colocados pela pesquisa participante; e os desafios externos colocados pela análise da realidade. O planejamento, organizado por campos temáticos (comunicação, formação e trabalho de base, articulação, organicidade e sustentabilidade) procurou apontar para ações que incidem ou avançam para superar os desafios.
Entre as novidades propostas estão a realização de uma Escola de Formação em Educação Popular, a ser desenvolvida em 3 etapas; 1 Seminário para discutir e aprofundar os Modelos de Desenvolvimento em Goiás; e a interiorização da Recid para a cidades pólos do Estado de Goiás.
O espaço, nesta atividade, foi pensado na perspectiva auto-gestionária, onde todos(as) educadores(as) assumiram a tarefa de cuidar do local e providenciar os recursos necessários, o que além de diminuir os custos, do ponto de vista pedagógico foi um grande aprendizado, conforme avaliou o grupo.
Willian Bonfim