Cerca de mil lideranças indígenas estão reunidas na Esplanada dos Ministérios, desde o dia 4 de maio, analisando a versão do "Estatuto dos Povos Indígenas" debatida e aprovada na última reunião da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI).
A análise foi feita distribuída por vinte grupos temáticos. Os debates nos grupos são permeados por relatos de problemas vividos nas regiões de origem, como invasão dos territórios indígenas, degradação ambiental, falta de recursos para atenção à saúde, obras de infra-estrutura impactando territórios e comunidades, discriminação e racismo, falta de uma política para os indígenas que tiveram que migrar para as cidades pressionados pela incapacidade do Estado de garantir meios de vida para famílias etc.
Algumas avaliações vão mais além de uma análise pontual, destacando que o texto ainda está fortemente impregnado do ideário indigenista, ainda se fala em "órgão indigenista", onde o que prepondera é a preocupação assistencial e intenção de viabilizar consensos para melhor integrar os territórios indígenas e os recursos naturais ali existentes na economia nacional globalizada.
Fonte: Inesc