Educadores(as) populares do DF e entorno aprofundam os temas mística e comunicação popular

Com o tema “Mística e Comunicação Popular”, a Rede de Educação Cidadã, no Distrito Federal, realizou a 3ª etapa do curso de formação de educadores, nos dias 16 e 17 de maio, na Casa de Retiro Assumpção, em Brasília-DF, com aproximadamente 35 participantes.

Segundo Silvia Regina Brandão Salim, 37 anos, educadora popular e membro da coordenação executiva da Recid no DF, o objetivo deste curso é capacitar e formar novas lideranças e fortalecer o trabalho dos(as) educadores(as).

Resultado de um planejamento da Rede no DF, esse curso foi pensado em três etapas, sendo que os educadores já aprofundaram os temas “Projeto Popular para o Brasil e Projeto Político Pedagógico da Recid” e a “Metodologia da Análise de Conjuntura” nas etapas anteriores.

Além de aprofundar o conceito de mística, os educadores, na 3ª etapa, participaram de oficinas de comunicação popular: estêncil e grafite, texto informativo e rádio comunitária.

Marcel Franco Araújo Farah, 26 anos, educador popular e membro do Talher Nacional, ressalta que o mais importante, com cursos como esse, é que a Recid seja um instrumento para fortalecer os movimentos sociais e populares. “Esse curso também é para ajudar a melhorar a comunicação dentro e fora da Recid”, afirmou. Para o membro do Talher Nacional, a mística, como ajudou a aprofundar o encontro, faz parte de todo o processo a ser vivido na Rede. 

O facilitador da oficina de rádio comunitária, Francisco Sérgio Nogueira Filho (Chico Nogueira), 42 anos, músico do grupo Mambembricantes, disse que quando a comunidade e o povo assumem para si tarefa de produzir a comunicação é uma forma deles próprios contarem a sua história. “A comunicação é fundamental para a libertação das comunidades que são oprimidas”, disse.

Diferentes grupos e movimentos sociais participaram deste encontro: hip hop, pastoral da juventude Zaccariana, Casa de Moisés, Ninhos dos Artistas, Vida e Juventude, Mambembrincantes, Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, Associação de Moradores Força e União, Família Hip Hop, Maracatu e Côco do Cerrado, Rede e Grupo de Trabalho Amazônico.

 

Participantes avaliam o encontro

 Segundo o participante Pedro Cesar Batista, 45 anos, jornalista e assessor de comunicação do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), que congrega mais de 600 organizações que atuam na Amazônia Legal, esse encontro ajuda a resgatar a esperança e fortalece a utopia na construção de um mundo mais justo, humanista e fraterno.

A formação é importante sobretudo para não deixar que a juventude seja manipulada pelos valores burgueses propagados diariamente pela mídia, afirma. “Foi um dia no qual aprendi bastante e poderei contribuir de uma maneira mais qualificada junto aos meus companheiros(as)”, diz.

Para ele, que cristão e católico e também marxista, o debate sobre a mística considera que uma coisa não contradiz a outra pois o sonho tanto do marxismo quanto do cristianismo é o mesmo. “A mística é a energia que alimenta a luta por um mundo novo”,afirmou.

Naila Rodrigues Carvalho, 16 anos, estudante e membro da Pastoral da Juventude Zacariana, tinha expectativas para conhecimento pessoal e para ajudar o movimento no qual participa.

Para Alex Matins Silva, 28 anos, educador popular, da Família Hip Hop e membro do núcleo de comunicação da Recid-DF, o curso foi bacana porque ajudou a esclarecer o que a vivência da mística e da comunicação popular empodera a comunidade. Ele disse que o conhecimento nas oficinas vai ajudar e melhorar a comunicação na Recid-DF.

Repórteres: Cícera Ribeiro da Silva, Kátia Fernandes de Paula, Katiane Fernandes de Paula, Núbia Kênia da Silva Damasceno

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