No dia 19 de maio, a Assembléia Popular da Grande Vitória realizou sua primeira luta. Cerca de 100
pessoas organizadas nas Assembléias Populares dos bairros de Central Carapina e da região de
grande Terra Vermelha, Vila Velha, fizeram a entrega coletiva das auto-declarações, exigindo o desconto da Tarifa Social de Energia, na sede da Escelsa, na Serra.
A atividade ainda contou com a participação de cerca de 50 integrantes do Movimento dos Pequenos
Agricultores (MPA), sendo uma luta articulada campo-cidade. Com as palavras de ordem “O preço da luz é um roubo e tira e a comida do povo” e “Água e energia não são mercadorias”, o movimento saiu em caminhada do bairro Central Carapina e ocupou a sede da Escelsa por volta das 16h. Uma comissão composta por representantes das Assembléias Populares e das entidades foi recebida pela empresa, que se comprometeu a receber todas as auto-declarações, efetuando o desconto na conta de energia.
Todos os moradores que fizeram a entrega da auto-declaração receberam o desconto nas contas de
energia. Há casos de redução de até 50% no valor pago! Essa conquista só foi possível devido à organização do povo, que reivindicou seus direitos de forma consciente, organizada e coletiva! Somente dessa forma é que será possível a mudança da sociedade!
Como conseguir a Tarifa Social?
A Tarifa Social de Energia Elétrica é uma conquista do movimento popular e está estabelecida em lei. Todos que consumirem entre 80 e 180kwh e possuírem ligação monofásica, independente de cadastro em programas do governo, têm direito ao desconto na conta, que pode chegar a 65%. Porém, as empresas de energia não divulgam isso, pois não é de interesse delas! Por isso, a Assembléia Popular organiza quem quer lutar por esse direito e realiza a entrega coletiva das auto-declarações, documento que solicita o desconto.
Povo organizado – No dia da luta pela redução da tarifa, muitos movimentos ajudaram e apoiaram a Assembléia Popular. Sem eles, nossa luta não teria sido possível. Nosso muito obrigado ao Fórum de Economia Solidária, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), Paróquia São José Operário (Carapina), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Sindilimpe e Movimento Passe Livre (MPL).
AP nos bairros da Grande Vitória
Grande Terra Vermelha (Vila Velha): A Assembléia Popular, por meio da Campanha “O preço da
luz é um roubo!”, levou a luta pela redução da tarifa de energia elétrica para diversos bairros da região,
entre eles Barramares, Terra Vermelha, João Goulart e Jabaeté. Além de diversos encontros de formação, houve panfletagem de casa em casa e divulgação da campanha na bicicleta de som. O pessoal do bairro compareceu em massa no dia da entrega! A Assembléia Popular contou com o importante apoio local do Movimento de Moradia (MNLM) e do Banco Terra.
Central Carapina (Serra): O CDDH e a Paróquia São José Operário, de Carapina, deram o pontapé
inicial na Assembléia Popular na Serra e os moradores do bairro Central Carapina, principalmente pela
Associação de Moradores e pela Pastoral da Juventude, assumiram mais essa luta! A concentração do
povo para a entrega das auto-declarações na Escelsa ocorreu na pracinha do bairro, que acolheu muito
bem todos e todas!
Morro do Moscoso (Vitória): O bairro é o mais novo “integrante” da Assembléia Popular. Os moradores
iniciaram suas reuniões há cerca de 2 meses e têm buscado a reorganização do movimento popular
na comunidade, partindo da discussão dos principais problemas enfrentados.
Braço do Rio: A Assembléia Popular também acontece em Braço do Rio, Conceição da Barra, uma região
muito agredida pela monocultura da cana-deaçúcar. Os moradores, com a ajuda do PACOVI e da
Rede de Educação Cidadã, discutem os problemas locais e realizam estudo em assembléia sobre a crise
capitalista e seus impactos nacionais e locais.
Mais informações sobre a Assembléia Popular:
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