Grupo apoiado pelo Sebrae apresenta produtos inovadores feitos de descartáveis

As sacolas, bolsas, penduricalhos, chaveiros, pesos para portas e abanos da coleção Mato Forte, de Mato Grosso, podem integrar o mix da primeira loja de ecoprodutos do Brasil, que está sendo montada em São Paulo, na Vila Mariana.

As sacolas, bolsas, penduricalhos, chaveiros, pesos para portas e abanos da coleção Mato Forte, de Mato Grosso, podem integrar o mix da primeira loja de ecoprodutos do Brasil, que está sendo montada em São Paulo, na Vila Mariana. As peças são produzidas por um grupo de artesãos que integram a Associação Mato Forte. Maria de Paula Barreiro, que assessora a montagem da loja, foi uma das muitas visitantes do estande do grupo na 14ª Paralela Gift. O evento, que ocorreu em São Paulo no Instituto Tomie Othake, reuniu mais de 90 expositores e recebeu um público superior a 5 mil pessoas – a maioria lojistas, arquitetos, designers, profissionais do setor e jornalistas especializados.

Maria conta que a loja terá materiais de construção, e tudo que é necessário para projetos arquitetônicos sustentáveis, além de um espaço para produtos feitos a partir de material reciclável. “Achei legal a idéia desses produtos, especialmente por ter um cunho social, sem falar no aproveitamento de um material que é altamente poluente (PVC) na sua produção”. As peças são elaboradas com banners publicitários, sacos de cebola, embalagens dos mais diversos produtos, tais como detergente, desinfetante, amaciante de roupa, shampoo, garrafas PET e tudo que costuma ser descartado na natureza.

Eliete Maia Teixeira, uma das integrantes do grupo de artesãos, conta que é a primeira vez que elas participam de um evento desse tipo e que foi muito gratificante, porque puderam mostrar a proposta, que foi bem entendida. “Nós recebemos muitos elogios de pessoas do Brasil e de várias partes do mundo e muitos pedidos também. Nossos produtos são criativos, têm um bom acabamento e são inéditos”, destaca.

O designer de papel Luiz Masse, que produz caixas e produtos diversos em papel e tecido, adorou as peças da Associação Mato Forte, especialmente as sacolas em formato gigante, feitas com banners publicitários e cobertas de detalhes inusitados e surpreendentes. “Fiquei louco com essas bolsas, elas são lindas e muito diferentes de tudo que já vi”, disse olhando minuciosamente cada uma delas. E as opções são muitas. Dependendo do material disponível, elas vão ganhando forma, algumas mais ousadas, outras sofisticadas, divertidas e até românticas com delicados recortes ou aplicações que remetem à renda e laise (tecido bordado).

O grupo levou para a feira 13 tipos de produtos, e as sacolas são o carro-chefe. Os preços vão de R$ 23,10, as bolsas menores, a R$ 70,20 as maiores. Chaveiros ou penduricalhos saem a R$ 20, e o abano de R$ 12 a R$ 20, dependendo do material de que é feito, papelão e tecido ou chapa de radiografia e tecido. A partir de embalagens plásticas diversas, o grupo faz ainda peças que podem ser utilizadas como matéria-prima em objetos de outros artesãos ou designers. São penas e peixinhos coloridos que são cortados, recortados, dobrados e assim ganham forma a partir desses materiais que, em geral, são descartáveis.

Ulisses Calhao, que também faz parte da Associação Mato Forte, disse que essas peças podem compor até adereços de escolas de samba e teatro. De acordo com ele, algumas sacolas, feitas com o verso dos banneres publicitários, podem ser personalizadas com a marca de empresas, instituições ou eventos que comprarem o produto, em caso de um volume maior de peças. Calhao também explica que a produção envolve sete organizações e que há uma preocupação ambiental, mas também um cunho social proporcionando trabalho e renda para pessoas de comunidades de baixa renda.

O grupo tem um convênio com Sebrae em Mato Grosso e foi esse apoio que possibilitou a contratação do designer Renato Imbroise para dar uma consultoria na área de desenvolvimento de produtos e introdução de novas técnicas. A participação na Paralela Gift também é fruto dessa parceria.

Imbroise, que já ministrou duas oficinas com o grupo, ressaltou que esse é um trabalho inovador, e que as peças são coordenadas. “Os produtos têm impacto e deram muito ibope na feira; foram feitas diversas articulações, e esse projeto tende a crescer, especialmente porque foi muito bem recebido no evento, que contou com a participação de clientes que abem exatamente o que querem e o que vão encontrar”.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias (asn.interjornal.com.br/)

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