A orfandade da estratégia

Trecho do livro “A nova toupeira: os caminhos da esquerda latino-americana”, de Emir Sader.

Continente de revoluções e de contra-revoluções, a América Latina padece de pensamentos estratégicos que orientem processos políticos tão ricos e diversificados, à altura dos desafios que enfrenta. Apesar de uma rica capacidade analítica, de significativos processos de transformação e de dirigentes revolucionários tão emblemáticos, o continente não produziu a teoria de sua própria prática”.

“As três estratégias históricas da esquerda contaram com forças vigorosas em sua liderança – partidos socialistas e comunistas, movimentos nacionalistas, grupos guerrilheiros – e orientaram experiências de profunda significação política – a Revolução Cubana, o governo de Salvador Allende, a vitória sandinista, os governos pós-neoliberais na Venezuela, na Bolívia e no Equador, a construção de poderes locais, como em Chiapas, e práticas de orçamento participativo, das quais a mais importante ocorreu na cidade de Porto Alegre. No entanto, não contamos com grandes sínteses estratégicas que nos permitam usar balanços de cada uma dessas estratégias e um conjunto de reflexões que favoreçam a formulação de novas propostas”(…)

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