Educação Formal e Educação Popular na Construção da Identidade dos Afro-Brasileiros

Trabalho de Conclusão de Curso do educador popular Luiz Felipe Teixeira* apresentada à coordenação do curso Realidade Brasileira.

Leia o resumo da obra apresentada pelo autor:

“O trabalho de conclusão de Curso – TCC ora apresentado tem como tema: “A educação formal e a educação popular na construção da identidade dos afro-brasileiros”.

O desenvolvimento deste estudo, tornou-se necessário, primeiramente pela realidade atual por que passam os afro-brasileiros, pois, no momento em que buscam resgatar a dívida da sociedade para com eles, pelo jugo do sistema escravagista, surge na sociedade uma grande reação, principalmente de oposição a política de ações afirmativas, como as cotas nas universidades. Ainda relevante na construção do trabalho, o reflexo que tem qualquer ação que envolva os afro-brasileiros, tendo em vista a sua participação em percentuais na população brasileira, que já chega a quase cinquenta por cento, segundo o censo do IBGE. O objetivo principal foi identificar as formas como o nosso sistema educacional formal atuou para reproduzir e perpetuar, o sistema de subjugação do povo negro herdado da escravização e de nosso sistema colonial, da mesma forma identificar experiências de educação popular desenvolvidas no Brasil.

Nos três primeiros itens deste trabalho trato de analisar as peculiaridades do negro ainda no território africano, e buscar apresentar uma visão das características deste território, com o objetivo de demonstrar a contrariedade que existe no discurso racista de que o negro é indolente e avesso ao trabalho, pois constata-se analisando estes itens de que o negro precisou, para viver e desenvolver neste território inóspito, embora rico, desenvolver habilidades e conhecimentos evoluídos para seu tempo, bem como ser portador de grande capacidade de trabalho e perseverança.

Após o trabalho procura demonstrar que a construção da inferiorização do negro, deveu-se a necessidade do branco, europeu, justificar sua escravização. Processo que se deu a partir da mudança de relação entre brancos e negros, onde passou de uma relação de trocas, para um sistema de exploração de um pelo outro, expõe ainda, que a igreja teve papel preponderante em difundir e sustentar a visão de inferioridade do negro, entre outros por afirmar que o negro não possuía alma. Mostra também o contexto de construção de nosso sistema escolar, baseado na reprodução e perpetuação das mesmas relações de poder estabelecidas nesta sociedade, e sua cultura discriminatória, que nossas escolas são um espaço privilegiado de legitimação do discurso racista e discriminatório.

Por fim, apresenta experiências de processos de educação popular, especialmente educação popular com especificidade afro-brasileira”.

 

*Luiz Felipe Teixeira é educador da Rede de Educação Cidadã no Rio Grande do Sul.

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