Carta Pedagógica Mato Grosso (06/2012)

Cuiabá Junho de 2012

A educação Popular é identificada por sua intencionalidade política, que, por sua vez, se manifesta na metodologia adotada e na concepção metodológica na qual se expressa. É crítica e criticizante, mas não é fóbica nem raivosa. Antes, vive e promove a vivência da indignação, da justa ira fundada na negação do “Ser Mais”. (Freire, 2002, p. 79).

Aos Companheiros e companheiras de luta!

Caríssimos Recidianos e Recidianas e os tantos lutadores, lutadoras dos movimentos sociais em rede pela construção de uma sociedade Socialista.

Educadores e educadoras da Recid MT chegam com carinho desde a calorosa Vida Mato grossense, e ao som dos cantos dos nossos Irmãos pássaros, que conspiram com a luta do povo, resistindo ao modelo capitalista do estado, do agronegócio, agropecuária…

A citação inicial acima nos dinamiza, alimenta, interpela e encoraja nos nossos passos, pois é a seiva da MP, onde os educadores (as), educandos (as), lideranças em rede, abraçam e comungam, fazendo de cada experiência nas cirandas, nos círculos de cultura, nas oficinas, na articulação e dialogo nos 7 núcleos organizados da Recid MT, ( Indígena, Camponeses, Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Cirandas da educação popular, e Juina), espaços de vivência da indignação, de estudos, debates, seminários, sonhos, emergindo metas, pensando e provocando um novo tipo de poder, o Poder Popular. Mesmo que sejamos poucos/poucas, mas somos o fermento na massa, como diz Jesus Cristo: o fermento que faz a massa levedar, que dá a massa a consistência, forma, e que imprimi a ela o que realmente ela é, mesmo que após esse processo, não se identifique o fermento.

Reiniciar nossas atividades entre os meses de abril a julho foi desafiante, integradora e construtiva; assim a gestão compartilhada deve ser vivenciada com mais ardor, cada uma e um entra nesta dinâmica da melhor forma. Neste processo identificam-se os limites, como a questão financeira, a comunicação com os municípios do interior, entre ajuda, como manter a estrutura física, especialmente as atividades pedagógicas, oficinas já programadas e articuladas. Pois não podemos parar o processo em construção, processo de planejamento participativo, de articulação, organização, com os diversos grupos, movimentos sociais e instituições estão em pleno movimento. Este desafio nos enriqueceu nos deu elementos do que significa gestão e sustentabilidade na RECID, de valorizar as potencialidades, como o trabalho em equipe, dialogo constante para encontrarmos caminhos, entendermos que para acontecer gestão compartilhada precisa uma autogestão de cada educador e educadora, assim neste tempo podemos com todo limite compartir para todos vocês que Não paramos; conseguimos realizar, fazer acontecer 37 oficinas em 07 municípios do MT, sendo Cuiabá, São Jose do Povo, Várzea Grande, Cáceres, Poconé, Mirassol D’Oeste, e Rondonópolis, garantimos realizar nossos encontros mensais de formação da equipe estadual, aconteceram dois encontros intermunicipais estas nos permitiram vivenciar um processo mais próximo com entidades servidoras bem como fortalecer, as parceiras. 2

 

Aprendemos, confirmamos a importância do processo de Gestão compartilhada nos encontros mensais, semanais, nos Núcleos, dialogando sobre os recursos buscando a melhor forma de encontrar caminhos na questão administrativa – financeira e organização. Isto nos vários níveis, estadual, municipal, local, ampliando ao coletivo de voluntários (as),

Nesse processo, somos educadoras/educadores, e não esperamos ser aplaudidos, somos Recid, que para continuar trabalhando não contamos com reconhecimento no modelo capitalista, mas provocamos transformação, provocamos inquietação, provocamos um novo jeito de gestão, organicidade e participação.

Como diz Frei Beto: “A Educação Popular é a ginástica do espírito pedagógico. Parou de fazer, engorda, parou de fazer, fica acomodado”. Com este espírito citado; Uma das demandas para nós educadoras/es é que as pessoas percebam, e desvelem suas realidades a intencionalidade política da situação, a mais valia a opressão e todo conjunto que deteriora a alma, o corpo e os sonhos. Isso está tudo entranhado no cotidiano de centenas de pessoas provocando o olhar vazio sem a luz necessária para enfrentar a escuridão.

Isto nos colocou e coloca em movimento, convidamos pessoas, assim antigos e novos personagens, militantes de diversos grupos e movimentos sociais vieram de forma positiva ocupar o cenário de luta e articulação em cada espaço da Recid em nível estadual, e juntos fomos dando corpo e visibilidade as ações concretas; como a formação de lideranças na cirandas de metodologia popular em três turmas, e em IV etapas, com jovens- da “Consciência Negra”, hip-hop, juventude do PT, Pastoral da Juventude (Comunidade e Paróquia), com lideranças das pastorais sociais o PETI, e lideranças de organizações sociais, mulheres, professores (as), acadêmicas(os) da UFMT, UNIVAG, profissionais da saúde; Escola Publica da Saúde. Também a formação de base nas oficinas acompanhamos nas aldeias dos povos indígenas (Xavante, Bororo e Umutinas); nos Pró-jovens, com meninos e meninas do Skate, com a Associação Caminhando Para Mais – ACAMIS, um Sonho que nasceu do processo da RECID e hoje caminha, cresce na consciência critica, busca incessante por respostas de convênios com a prefeitura para dar continuidade as atividades que hoje atende 200 crianças e adolescentes do programa PETI, chegamos junto ao povo dos quilombolas, junto ao movimento de meninos e meninas da rua, junto ao Movimento Sem Terra, Pastoral Juventude Rural, Movimento de mulheres camponesas, centro de comercialização Economia solidária, escolas rurais.

Nesses espaços o fermento da uma nova forma, onde buscam alternativas para as lutas diárias, como a luta coletiva por transporte gratuito para os/as estudantes, precisando inteirar a luta de forma integrada possibilitando as relações e processos dos coletivos e cada núcleo da Recid, pois sabemos que só o processo de formação da consciência critica é capaz de possibilitar a autonomia e a liberdade das pessoas.

É importante ter presente que o novo já se faz agora na vida das pessoas, dos movimentos, dentre outro espaços, não adianta apenas esperar que o “velho” desabe, decaia, desapareça, este é o pensar que provoca a dar passos e tomar iniciativas, por isso pensamos e reavivamos as parcerias, os movimentos sociais são fundamentais no processo coletivo da articulação e trabalho de base, e tem dado um retorno significativo para as lutas e mobilizações ainda com limites na metodologia, pois muitos não veem necessários os processos de formação das quais estamos fazendo enquanto rede lá na base. 3

 

As mobilizações em redes também é força nas nossas lutas

De acordo com o princípio 4º do PPP, é também assim como o trabalho de base, imprescindível a luta junto a outros movimentos, esta é uma das certezas do reconhecimento de classe, principalmente no que tange a luta em defesa da biodiversidade e da natureza. E nesse espírito que nos envolvemos em todos os processos da Cúpula dos Povos. Preparando-nos coletivamente e dialogando em todos os espaços possíveis de somar nessa luta.

Nosso primeiro espaço de debate antes da Cúpula no Rio de Janeiro foi o ciclo de debates com Ivo Poleto nos dias 04 a 06 de maio, que trouxe muitos elementos para elaboração da carta do MT para a Cúpula dos Povos. Realizamos com diversas lideranças o intermunicipal intitulado: Cúpula dos Povos 1 a 3 de junho, com objetivo de debatermos mais profundamente essa temática, dia 06 de junho estivemos presen
te no lançamento da carta MT, e fazendo a panfletagem: Ocupa Centro-Oeste, e nas oficinas trabalhamos os vídeos enviados pela Comunicoteca. Tendo feito essas ações nos fortalecemos e apropriamos mais da temática discutida, para participarmos entre os dias 18 a 22 de junho no Rio de Janeiro, participando da Rio+20 na Cúpula dos Povos. Imbuídas da sede por uma sociedade do Bem Viver, fomos nos incorporar na luta da humanidade que chama para si a defesa da vida no planeta e luta por uma justiça social e ambiental.

Com o espírito audacioso e esperançoso fomos a Cúpula dos Povos, onde nesse espaço se avançaria na construção da análise de conjuntura, de uma agenda comum dando visibilidade as verdadeiras soluções trazidas pelos povos diversos. Com o intuito de dialogar e contribuir com os povos presentes e ausentes, a RECID, no dia 19/06, participamos da roda de conversa com o tema: “Educação Popular e Bem Viver. Nesse espaço foi feito uma grande ciranda, momento de alegria, integração onde pessoas que passavam, acabaram se envolvendo na ciranda amorosamente. O tema de fundo a problemática: modelo de desenvolvimento predatório na Amazônia, Cerrado e biomas brasileiros, para contrapor esse modelo foi apresentado experiências, aprendizados que nos confirma que existe uma forma de sustentabilidade que respeita a mãe terra com sua sociobiodiversidade.

Além dos/das educadoras, fizeram se presentes na roda de conversa, jovens, mulheres, homens, povos; vindos de aldeias, ciganos, compatriotas latino-americanos, Argentinos, Peruanos, Franceses, foram se juntando a nossa circularidade. Contamos com o a presença do Ministro Gilberto Carvalho, a Presidente do CONSEA – Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Maria Emília e escritor e teólogo, Marcelo Barros, cujo o foco foi o bem viver e o papel e importância da educação popular na vivência e prática do bem viver. Nos fizemos presente na plenária 5, apresentou se as discussões feita sobre as causas estruturais e as falsas soluções.

No início da noite participamos do Ato Público realizado pela, Via Campesina, representantes de movimentos sociais, sindicatos e moradores de comunidades impactadas por empreendimentos industriais – uma grande manifestação contra empresas instaladas no país responsáveis por impactos ambientais e violação dos direitos humanos, forma em direção ao Palácio Gustavo Capanema no centro do Rio de Janeiro, passando após pela Bayer, Natura. Com essa manifestação a critica foi também para atuação dos bancos privados e das instituições financeiras, como o Banco Mundial e o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) que, financiam grandes empreendimentos violadores de direitos universais. Dentre falas, musicas, se entoavam em alta voz: PATRIA LIVRE! VENCEREMOS! 4

 

No dia 20 de junho, pela manhã, em sintonia com a mobilização da Cúpula dos Povos em Rio de Janeiro, em praça pública em Cuiabá, companheiros e companheiras da Recid MT, fizeram sua manifestação. Descrito abaixo.

“De repente surge na praça um grupo de pessoas com perfil comum da ninguendade a qual o povo brasileiro se parece, nem indígenas, nem africanos, nem europeus. Mais de uma mistura que faz pulsar cada vez mais o desejo de liberdade, de justiça e solidariedade. O mundo todo conectado, o Império mais uma vez se arma, de forma bonita o golpe fatal ao ambiente e aos seres que também vivem com ele.

Aos poucos o som da música se faz ouvir, o que era natural para uma manhã de capital já se torna incomum, hum pai nosso dos pobres marginalizados, pai nosso dos mortos e torturados… Será o mesmo pai nosso que todos conhecem? Será este o mesmo pai que usam para manter o povo em servidão?

Logo um varal com fotos, banners da luta muda o cenário local, muitos apressados diminuem seus passos para observarem o que está ocorrendo não é tão normal este fato. Então partimos para os primeiros passos combinados, compartilhados da prática vivenciada em consonância com o PPP.

Os/as jovens da Pastoral da Juventude trás o riso misturado com a denúncia o canto misturado à dor da terra, das pessoas, da água e da vida. Alguns dos movimentos locais aparecem aos poucos, os abraços, o reencontro motiva o grupo assim como fortalece cada vez mais.

A ciranda começa, outros somam na roda que de pequena se torna imensa, alguns convidados tem medo, pois a roda gira e muitos preferem ficar estático parado, é bem mais cômodo. Os burburinhos aparecem, os que não perderam o caminho de seus sonhos manifestam, os que ainda estão prostrados continuam seus passos cabisbaixos, dominados pelo medo, fiéis aos patrões midiáticos e a ditadura do cada um pra si, Deus por todos.

Outros julgam a nossa ação de loucura, subestima a capacidade da luta em mudar. Com isso surgem desafios visíveis de continuidade, presença e estada permanente nas praças, lá podemos alcançar até mesmo quem nosso imaginário ainda não alcançou… Os que são loucos pela liberdade e os que já deixaram de ser em nome do ter.

Terrenos férteis aptos a receber sementes, hum e a semeadura é dura requer ousadia, preparo, coragem assim como exige o sorriso capaz de despertar não só a aproximação, mas os sonhos. ”

Com esse espírito de caminhada e fortalecidas pela partilha das companheiras e companheiros em Cuiabá no MT, No Rio de Janeiro a Recid vai para a grande MARCHA DA CÚPULA DOS POVOS, no mesmo dia 20/06, na parte da tarde, somarmos com os povos com o grande grito pela vida da nossa mãe terra, a nossa casa. Onde, sob o chuvisco, que regava nossos sonhos; dançamos a ciranda pela vida, a ciranda que não é minha só, ela é de todos e todas nós …

21/06, participamos da palestra com o escritor e teólogo Leonardo Boff, juntamente com jovens vindos da Bolívia, Peru e Guatemala, onde essas falas abaixo descritas fortaleceram as práticas do bem viver: viver num espaço onde possamos viver com mas respeito humano.

É necessário tomar consciência das consequências do planeta, esse é o desafio. Como recuperar esses valores, saberes para não perder a identidade, as 5

 

praticas culturais comunitárias: “Vemos que os governantes não cuidam bem dos seus povos e nem da natureza, sabemos que viver bem, não é só um viver, onde muitos vivem mal, para que outros vivam bem, temos consciência que nosso trabalho não é para acumular, é ter o suficiente para viver, sentimos na pele, no corpo e no nosso ser que o superamos o capitalismo ou ele vai matar a terra, contundo, sabemos também que os povos indígenas têm uma sabedoria guardada, precisamos fortalecer a democracia na família, democracia na comunidade, e no mundo espiritual, porem, não uma democracia representativa de um grupo, e sim da pacha mama; tem que haver um matrimônio entre o céu e a terra”.

Bem viver também é: Saber comer, saber amar e ser amado, saber dormir, saber dançar, saber medicar, saber trabalhar, saber pensar, saber escutar, saber falar bem para construir e não destruir, saber respeitar os ancestrais, saber caminhar.

Para o capital, á maquina da morte, fomos vistos como baderneiros que carregavam bandeiras, adereços, como galhos de árvores, ninguéns fantasiados de animais, ninguéns que atrapalha o transito, que congestiona as vias, desqualificando a luta. Sendo eles “Capital” os degradadores e exploradores da vida, sem os cuidados necessários que a vida requer.

Pós Cúpula dos Povos em Rio de Janeiro, educadoras da RECID MT em Cuiabá tem a firme convicção de que a Cúpula dos Povos, não se encerra, mas continua, buscaram unificar as lutas e atividades para potencializar as atividades em prol da vida humana e planetária. Levamos em nossa bagagem o ardor da luta humana, os risos, alegrias, enfrentamentos, coragem, audácia, aprendizado com os diversos povos, que não pode ficar guardado, precisa ser partilhado com urgência, dessa forma partilhamos nas oficinas, experiência, fotos, fal
as, escritos, vídeos da Cúpula dos Povos como a chama da vida que luta por justiça, e programamos diversas atividades com essa temática.

Outras lutas acontecendo.

O segredo é não correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você. (Mário Quintana.)

Como bem explicita a citação, os e as participantes engajados(as) nos movimentos, também contribuem para que o processo libertador, emancipatório, aconteça, assim entramos em ação, participamos de mobilizações e movimentações contra o capitalismo, agronegócio, agrotóxicos, privatizações (SANECAP), Abril Vermelho, e tantas outras lutas. Nesse processo contamos com voluntárias (os), parcerias que acreditam na proposta da Educação Popular, do PPP e que comungam com um poder participativo, o Poder Popular.

E assim se dá o processo formativo, possibilitando uma formação para a autonomia, para a libertação, desvelando o que já se tornou normal, por conta do sistema que vivemos. Com isso colocamos um ponto e vírgula, para que a história continue a ser escrita, por tantos outros e outras, com nome, identidade; surgem os novos atores sociais. 6

 

Temas priorizados para o estudo na equipe estadual e nos núcleos:

marco regulatório, gestão e sustentabilidade, sistematização, registros e Cartas Pedagógicas.

De nada adianta o discurso competente se a ação pedagógica é impermeável a mudanças. (Paulo Freire)

Acreditando na importância do conhecimento e da vivencia na prática de tudo que pregamos sabemos que o dia- a- dia reflete o que somos. Reconhecendo os avanços e limites com relação a continuidade da RECID, como equipe MT realizamos os estudos voltado a Gestão Compartilhada buscando praticar no cotidiano da equipe – Reflexões e Orientações Metodológicas. Através de estudos chegamos as seguintes contribuições para RECID 2013, onde alguns grupos não conseguiram pensar Recid sem o convênio com o governo e outros arriscaram ousar.

Como RECID MT, vemos a importância de assegurar e ampliar a participação dos educadores nos processos nacionais; assim como fortalecer um canal de diálogo mais amplo, convidando outros grupos, programas sociais interministeriais afins a processo de educação popular, como Saúde, Educação e economia solidaria, para participar na construção do projeto popular, bem como na discussão de educação Popular como Política Pública, que garanta a linguagem popular-freiriana em parceria com as secretaria de educação local, onde os princípios permeiem o processo educativo, com subsídios didáticos e sistematizados.

Em nível Estadual garantir no planejamento das oficinas como uma prioridade o fortalecimento da educação popular junto aos movimentos sociais.

Os recursos das oficinas devem garantir a qualidade, os direitos fundamentais, respeitando as especificidades locais (distância e valor do transporte). De acordo com a demanda percebemos a necessidade de dobrar o número de oficinas e educadores por Estado (contextualizando) e que o salário seja condizente com o que pregamos.

Geograficamente em Mato Grosso é inviável o recurso de aproximadamente 7mil para os encontros intermunicipais, não contempla um número maior de participação dos núcleos que trabalhamos.

Caso a Rede fique sem convênio devemos pautar os movimentos populares nos municípios; manter elo onde estamos inseridos; criar estratégia político-pedagógico junto as secretarias da saúde e educação e continuar articulando com os movimentos sociais.

No estudo sobre a Sistematização e registros pedagógicos e cartas Pedagógicas, neste tempo nos debruçamos em partilhar práticas dos nossos processos de organização, articulação, e facilitação das oficinas e a elaboração de registros pedagógicos, apresentados pelos 07 núcleos. E no estudo e aprofundamento do texto “Cartas Pedagógicas – aprendizados que se entrecuzam e se comunicam”. Após este estudo o conteúdo oportuno e rico que o texto trouxe, nos deixou desafiadas (os) a escrevemos Cartas Pedagógicas das nossas experiências como educadoras, educadores populares – sócias.

Na certeza de que não estamos prontas (os), vamos seguindo a caminhada, esperando que o novo se faça entre nós, despertando possibilidades de despertar os demais.

Companheiros e companheiras a luta é árdua e incessante, mas contamos com 7

 

a coragem, audácia, incentivo dos que nos precederam; fortalecendo essa fala utilizamos um trecho de carta de um homem, que seu espírito guerreiro não morre; Che Guevara, com a carta a sua filha mais nova; descrita abaixo:

“Minha querida filhinha, minha pequena Mão, você não sabe como é difícil o mundo em que você vai ter que viver. Quando você crescer, esse continente inteiro, e talvez o mundo inteiro, estará lutando contra o grande inimigo, o imperialismo ianque. Você também vai ter que lutar. Eu posso não estar mais aqui, mas a luta incendiará o continente” Che Guevara.

Despedimo-nos com o coração cheio de esperança, com um olhar no horizonte que o PPP nos dá, sabemos que nossos corações se encontram a cada momento em que desenvolvemos os processos necessários para o PPB.

Abraços, cuidados e cheiros do cerrado, pantanal e da floresta.

Companheiros, companheiras de luta, hasta siempre!

Pela equipe de educadores e educadoras

Recid Matogrosso

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