Fórum Mundial de Educação reúne 100 países

A Baixada Fluminense abriga a partir de hoje (23) a edição brasileira do Fórum Mundial de Educação, que deverá reunir até domingo (26) representantes de 100 países. O Fórum tem como tema "Educação Cidadã para uma Cidade Educadora". Sala de Aula
 Rio – A Baixada Fluminense abriga a partir de hoje (23) a edição brasileira do Fórum Mundial de Educação, que deverá reunir até domingo (26) representantes de 100 países. Com o tema "Educação Cidadã para uma Cidade Educadora", os participantes pretendem discutir a construção de políticas educativas amplas, que incluam diversas formas de educação e manifestações culturais. A concentração do evento será na cidade de Nova Iguaçu, mas os municípios de Mesquita e Belford Roxo também contarão com atividades.

Formada por 13 municípios, a Baixada, na região metropolitana do Rio, concentra 3,5 milhões de habitantes, o que corresponde a cerca de 24% da população do estado. Apesar disso, ela tem apenas 5% das bibliotecas do Rio e um índice de analfabetismo 3% maior que o da capital, segundo relatório divulgado em 2005 pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

As dificuldades por que passam as escolas públicas de cidades brasileiras menos desenvolvidas serão um dos pontos em discussão no fórum. Os debates também deverão contar com representantes das prefeituras dos 13 municípios da Baixada, segundo informou Fátima Lobato, do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Rio de Janeiro (Uerj).

"O desempenho das escolas está diretamente ligado a questões econômicas da região. Estatisticamente, o Piauí apresenta um dos maiores déficits educacionais; no outro extremo, temos os estados da região Sul, mais desenvolvidos e com melhor situação educacional, como Santa Catarina. E não dá para pensar num projeto educacional que não leve em conta a importância de bibliotecas e opções culturais numa cidade", disse.

Também será enfatizada a necessidade de curso de formação continuada para os professores da rede básica, com uma carga de pelo menos 120 horas por ano. Segundo Fátima Lobato, muitos municípios pequenos também deixam de utilizar recursos públicos para esses cursos. "Alguns chegam até a não recorrer ao Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação, do MEC, por falta de informações".

Considerada região de concentração de pobreza e violência urbana, a Baixada Fluminense cresceu como área periférica da capital. Os municípios da região foram se consolidando como "cidades dormitórios". De acordo com o relatório do MDS, 20% de seus moradores estudam ou trabalham na capital, que tem um Produto Interno Bruto per capita cerca de quatro vezes maior que a média da Baixada.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

8 + 3 =