Economia Solidária

 

JUSTIFICATIVA

Bem antes da abolição da escravidão o tem Reforma agrária é debatido nos vários segmentos da sociedade e vem se arrastando os dias atuais sem uma solução prática capaz de atender as demandas de uma parcela considerável da população.  Esta que, diga-se de passagem, realmente necessita.  Vivendo em situação de dieta compulsória, antes privilegio dos negros alforriados que sem as mínimas condições de se sustentarem, se viam obrigados a retornarem as senzalas para saciarem suas necessidades fisiológicas básicas, hoje e a realidade de quase 2/3 da população mundial.

Dito isto, percebemos que a situação pouco mudou, em tratando das relações humanas ao mesmo tempo em que com relação aos avanços tecnológicos, percebemos grandes transformações.  O sistema e o "escrip" são os mesmos, só mudaram os cenários e os personagens.

O detrimento destas relações, a exploração e a incapacidade de reverte tal caos, por várias e várias vezes fora denunciado e com uma ação ou outra tentaram e tentam reverter tal situação que ora pode ser considerado de calamidade, haja visto que deprecia de maneira hostil e progressiva as relações entre as pessoas.

Percebemos que a partir do inicio deste século, foi dado certa atenção ao conhecido Estado de Bem Esta Social, isto logo após a mais uma grande crise do capitalismo.  Deveu-se a quebra da Bolsa de Nova Iorque.  O pensamento de keynesianos foi adotado em vários paises e a partir destes, com a chegada de alguns dito "ditadores" e progressista a chefe de estado, muitas conquista foram adquiridas pelos trabalhadores.    Porém com o passar dos anos com as diversas políticas adotadas pelos sucessores da presidência, que tenderam ao liberalismo, globalização e sucessivamente o neoliberalismo, assistimos a flexibilização das condições de trabalho com o suposto argumento que visava aumentar as condições das empresas e estas poderem gerar mais emprego.  Pergunta-se: melhorar as condições para as empresas/empregador e os empregados?

 

A constituição aprovada em 1988 garante a todos e todas, ao menos no papel, o direito de ir e vir, de viver dignamente com as devidas condições de vidas.  Com um salário mínimo necessário para prover seu sustento e de sua família.  Reconhecido como o marco das conquistas democráticas depois da era Vargas e da ditadura militar, percebemos que ela não esta atingindo a parcela da população que vive nas margens da sociedade, esta que a desprovidas de tais recursos e seguridade, mais carecem de educação de qualidade, saúde básica e alimentação; moradia, saneamento e infra-estrutura; trabalho digno, cultura, esporte e lazer, dentro outros que hoje bate em nossa porta e se tornam também condições sine qua non para a inclusão social, a citar a informatização com da democratização deste mundo através do solfware livre.

Garantir a acessibilidade deste e de outros serviços básicos a população bem como a inserção no mercado de trabalho é sem duvida promover o desenvolvimento e capacitação da pessoa humana e com isto a promoção da inclusão social.

Porém, o que vemos no nosso dia-a-dia é uma população cada vez mais marginalizada, em um contexto onde o atual sistema, o capitalismo não esta preocupado com o valor do trabalho desenvolvido mais com o valor de troca que tem seu produto. Ou seja, quanto menor for seus gastos e custos e tão logo maior sua margem de lucro, melhor.   Neste mesmo contexto encontramos o trabalhador ou podemos dizer a força motriz de todo este sistema que sem alternativa aparente, se vê sem saída e tendo que se submeter aos bels prazeres do "dono do capital". 

Resultado: Os trabalhadores com sua força de trabalho sendo explorado, massacrado e cada vez mais marginalizados, enquanto os capitalistas usurpando, estrupando as mais valia, [que nada mais é do que tudo que o trabalhador produz, menos a quantia necessária para pagar seu salário, os custo de produção, incluindo manutenção dos maquinários e matéria-prima e os salários e lucros dos "donos do capital" (ou seja, tudo) há pesquisas que mostram que de seis a sete horas trabalhadas são consideradas mais valia] destes, com insaciável sede e ganância. 

Sem condição de reação, muitos trabalhadores assistem estarrecidos, como se não houvesse mais o que fazer, a redução e perda de seus direitos e condições de criarem suas famílias e filhos com a dignidade supostamente conquistada na promulgação da constituinte que culminou na constituição de 1988. que como fora dito, foi o marco das conquistas democráticas no Brasil.  Pergunta-se: Quem e onde estão seus autores? E seu fiscais para que de todos e todas elas seja?

Mediante toda esta usurpação de nossos direitos e a disparidade entre as citadas classes, esta condição não pode e nem deve ser apenas assistida.  Tive o prazer de assistir a palestras do Mestre Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e professor universitário, o mesmo narra em seus discursos o potencial criativo e alegre da população brasileira.  Diz que em meio aos constantes ataques do grande capital, o povo consegue se organizar nos sinais de trânsitos, nos coletivos de transporte urbano ferroviário e rodoviário e também das esquinas para vender suas miudezas em geral.  E de tempo em tempo lhes sobra tempo para fazer suas festas temáticas. 

Percebemos que para tudo isto, é preciso colaboração de todos, acordos coletivismo e atuação conjunta, sem falar na descriminalização, bem como no reconhecimento destas pequenas organizações populares que só procuram um lugar ao sol, que ora tentam com recursos próprios superar mais de 500 de exploração, marginalização e usurpação de seus direitos de ir e vir.

Eis ai os primeiros ingredientes para a intervenção e superação do atual e hipócrita sistema, o capitalismo.  Sendo este o objeto de meu trabalho, quero consolidar na presente pesquisa a importância que este tipo de organização vem dia-a-dia solicitando e ganhando espaços nas agendas do desenvolvimento local.  Mas vejo que este precisa de mais atenção, ao ponto que muitos se vêem alvo frágeis da descabulosa jurisprudência. 

Estas pequenas iniciativas vem surgindo entre uma ação ou outra como o intuito de transformar a realidade local, tratando de pequenos agrupamentos, quando consciente, dedicam seu tempo a pensar e promover ações que resgatam a dignidade das pessoas de forma coletiva, participativa e democrática mediante é claros a, contribuição de todos e todas.  São agentes que vê
em a favela e os que nela vivem, não como um eterno purgatório e condenado, mas sim o resultado de um severo regime de descrédito sendo assim, vitimas de um sistema que já dera diversos sinais de esgotamento e falência e que aos intitulados "donos do capital", apenas interessa a força de trabalho quando esta lhe é favorável. 

Assim foi por ocasião do povoamento da Terra de Santa Cruz, nas mesmas condições os homo sapiens africanos eram remanejados retirados de sua terra natal, com o mesmo objetivo, servi ao capital (na época não se usava este termo).  Em comum?  Queriam e querem acumular nas custas dos outros.

Diante destas colocações acredito ser de suma importância fazer este estudo a fim de fazer uma profunda reflexão nas formas de organização desta parcela da população, tão excluída quanto criativa.  As grandes maiorias, principalmente os jovens e adolescentes, enxergam como única alternativa à inserção no mundo da criminalidade para vencer o preconceito e adquirir credibilidade, respeito e prazer perante a sociedade.  Descrente e sem uma perspectiva de vida de médio e longo prazo, aceitam corre certos riscos.  E o que vemos é cada vez mais tentando os criminalizar com o discurso da redução da maioridade penal, o que acredito ser um enorme equivoco.  É preciso fazer uma analise crítica desta concepção de medida sócia educativa.

Esta nova forma de organização que mencionamos, que para muitos é conhecida como Economia Solidária ou Economia Popular, vem ganhando forma e força a cada tempo e apesar dos grandes desafios para se firmarem como uma real alternativa para os descasos e problemas já neste trabalho citado, apresenta ousada conquista num universo também já desacreditado. 

Mais do que ressaltar a importância deste novo empreendimento pretendo viabilizar e na medida do possível responder alguns dos maiores questionamento que de certa forma se tornam obstáculos para sua estruturação.  O tema inclusão social, principal eixo deste trabalho, por exemplo, é de grande importância na roda de discursão uma vez que para motivar qualquer um dos membros deste inovador trabalho, é preciso que o mesmo se sinta envolvido e inserido no contexto.  É fato que o conhecimento popular, a contribuição e a experiência de cada um/a é de suma importância para o bom funcionamento da organização como um todo de forma que possa ser realmente considerada como auto gestionada.  Porém para que a pessoa se sinta motivado a contribuir, tem ele que se sentir "peça" importante desse processo.  Daí o questionamento: Qual a contribuição de cada uma para a auto realização dos outro?  E até que medida?

Outros pontos considerados nesta pesquisa são: _Os limites e avanços das organizações auto gestionada; _A sistematização de seus trabalhos, comunicação e aceitação na comunidade local; _E a metodologia utilizada em vista de não se assemelhar aos já existente mercado exploratórios, em vista de superando de vez a forma capitalista.

Com o acumulo desta discursão e conhecimento mediante a troca de informações poder-se-ão não serem visto apenas como um movimento de contenção social, mas alga capaz de realmente transforma a realidade local e promover o desenvolvimento humano, capacitando homens e mulheres para assumirem de vez uma nova postura diante da sociedade, buscando sempre a primazia do ser sobre o ter, da qualidade sobre a quantidade e acima de tudo do humano sobre o material.

Entendamos que a contenção social existe quanto dentro da pirâmide social, onde temos bem definidas ou não as classes sociais, e percebemos que as pessoas pertencentes a uma determinada classe não se movem, senão em torno ou dentro deste seus distintos limites.  Sendo minada por quem quer que seja, qualquer ousada tentativa de ir além desses limites.  O que muitas vezes vemos acontecer são pessoas encaram a certas realidade como um castigo Divino e que por isto deve carrega-la até o fim de seus dias e em outros casos somos submetido ao árduos trabalhos, sem condições de um mínimo de atenção aos nossos familiares, resultado num ciclo vicioso.  Deteriora a educação básica, a relação familiar que são dois dos principais pilares de sustentação e conseqüentemente transformação da sociedade.  Do outro lado, as os demais atores desta sociedade que pode e tem tudo a sua volta, desfrutando na maioria das vezes do trabalho suado que não é seu.  Conceito reduzido da apropriação da mais valia.

Entendo que é de suma importância esta pesquisa pelos argumentos já citados acima em vista de que saibamos se realmente este é o caminho mais ameno ou poderia dizer mais curto até sonhada CIVILIZAÇÃO DO AMOR.

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