A Rede de Educação Cidadã realizou, de 13 a 15 de fevereiro, em Luziânia-GO, em parceria com o Instituto Paulo Freire (IPF), o curso de gestão cujo objetivo foi o de capacitar os(as) gestores(as) educadores(as) de cada Estado da Federação para gerir os recursos do convênio celebrado com a Secretaria Especial de Direitos humanos (SEDH).
Neste encontro, além de apresentar e avaliar como serão os instrumentais utilizados e qual será a rotina e os valores do atual convênio, a equipe do Talher Nacional fez uma memória histórica desde o primeiro momento que a Rede de Educação Cidadã acessou recursos públicos via Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Para o diretor administrativo-financeiro do IPF, Alexandre Oliveira Munk, o encontro de gestão é fundamental para o bom andamento do convênio na perspectiva da gestão compartilhada.
Um dos destaques deste encontro foi a participação de 13 gestores novos que, na avaliação do representante do IPF, demonstraram muito interesse em não ficar atrás do grupo que participa a mais tempo no campo da gestão. Alexandre Pereira de Souza, gestor do Pará, apesar de ser novo na gestão não se sentiu perdido no encontro. O fato de já apoiar o trabalho de gestão no Estado facilitou a compreensão de como se dará o processo da gestão do convênio.
Com a mudança para a SEDH, via destaque orçamentário, o convênio ganhou também um novo objeto e objetivo: “Educação popular e mobilização social com beneficiários de programas e políticas públicas para efetivação e exercícios dos direitos humanos”.
Segundo Rossana, da SEDH, presente no encontro, o desafio é cada vez mais as entidades e movimentos sociais se apropriarem das formas de prestação de conta inclusive para mudá-las se for o caso. Concorda com essa posição a educadora Márcia Falcão, de Porto Alegre-RS, que participa da gestão no Estado desde a primeira vez que a Rede acessou recursos públicos em 2005. “Sempre colocamos as atividades pedagógicas em primeiro plano. A gestão fica sempre em segundo plano. É preciso, apesar da resistência nosso que somos de movimentos sociais, ir se apropriando dos mecanismos para gerenciar os recursos públicos”.
Para Maria do Socorro, membro da Comissão Nacional pela Região Nordeste, “hoje apresentamos outras dificuldades quanto à gestão de recursos e não as mesmas de etapas anteriores. “Estamos vivendo um momento de transição entre uma proposta inicial e um trabalho mais amplo com o Projeto Político Pedagógico. Isso vai exigir a superação das dificuldades num permanente processo de aprendizado”, disse.
Por Willian Bonfim