Guatemala lança programa de transferência de renda similar ao Bolsa Família

Mi Família Progresa. Este é o nome do programa que o governo da Guatemala lançou, nesta segunda-feira (21/04), na Cidade da Guatemala, capital do país. A política pública foi inspirada no Programa Bolsa Família brasileiro.

Durante a cerimônia, a secretária nacional de Renda de Cidadania, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rosani Cunha, detalhou a experiência com o Bolsa Família, que atende cerca de 11 milhões de famílias brasileiras. Representantes do México apresentarão detalhes do Oportunidades, que chega a 5 milhões de lares mexicanos.

O objetivo é promover um intercâmbio entre os programas de transferência de renda da região, colaborando com o projeto-piloto da Guatemala, que beneficiará entre 7 mil e 9 mil famílias em sua primeira fase. Rosani Cunha vai destacar os avanços e os resultados do Bolsa Família, que contribui para a redução da pobreza e da desigualdade no Brasil.

Semelhanças com o Bolsa Família – Similar à experiência brasileira, o programa de transferência de renda guatemalteco prevê condicionalidades nas áreas de educação e de saúde. Professores e equipes de saúde vão acompanhar os beneficiários no cumprimento das contrapartidas, como freqüência escolar e visitas ao centro de saúde. A exemplo do caso brasileiro o reiterado descumprimento levará ao cancelamento do benefício.

Com a implantação do Mi Família Progresa, o governo da Guatemala espera reduzir os altos índices de mortalidade materna e infantil e de desnutrição, além de evitar a evasão escolar, resultados já alcançados pelo Bolsa Família, após quatro anos transferindo renda à população com até renda mensal de até R$ 120 por integrante.

Estudos de avaliação do programa brasileiro, realizados pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da Universidade Federal de Minas Gerais, mostram que entre o público de 7 a 14 anos atendido pelo Bolsa Família, a taxa de freqüência é 3,6% acima da observada no conjunto dos não beneficiários. Entre os beneficiários, a taxa de evasão chega a ser 2,1 pontos percentuais menor no conjunto das crianças em situação de extrema pobreza.

De acordo com estudo realizado pelo MDS, o Fundo para Nações Unidas para Infância (Unicef) e a Universidade de São Paulo (SP), divulgado em abril de 2005, a avaliação nutricional realizada com crianças com até cinco anos de idade que vivem no Semi-Árido brasileiro mostrou que a desnutrição infantil, na região, caiu de 17,9%, em 1996, para 6,6%, em 2005. O estudo constatou que 30% da redução se deve ao Bolsa Família.

Informações para a imprensa
Roseli Garcia / Cristiano Bastos
(61) 3433-1106 / 3433-1053
ASCOM / MDS

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

3 + 2 =