Unasul se reúne novamente para analisar situação boliviana

A União das Nações Sul-americanas (Unasul) tem nova reunião hoje (24), em Nova York, para discutir a situação na Bolívia. Os Chefes de Estado vão analisar os avanços do diálogo entre Governo e oposição. No sábado (27), os movimentos sociais da Bolívia vão definir se restabelecem a marcha a partir de Caracollo, Oruro, em direção a La Paz.

Adital

A União das Nações Sul-americanas (Unasul) tem nova reunião hoje (24), em Nova York, para discutir a situação na Bolívia. Os Chefes de Estado vão analisar os avanços do diálogo entre Governo e oposição. No sábado (27), os movimentos sociais da Bolívia vão definir se restabelecem a marcha a partir de Caracollo, Oruro, em direção a La Paz.

O segundo encontro da Cúpula da Unasul demonstra a seriedade com a que os líderes estão tomando a situação boliviana. Em Nova York, o ex-chanceler chileno, Juan Gabriel Valdés, que acompanha o processo de diálogo, apresentará um relatório sobre o andamento das negociações entre Governo e governadores oposicionistas. O presidente boliviano Evo Morales afirmou, na terça-feira (23), que, graças ao apoio da Unasul na cúpula realizada no dia 15 de setembro, em Santiago do Chile, derrotou a tentativa de golpe civil no país.

No sábado, os movimentos sociais da Bolívia aliados ao governo vão definir se retomam a marcha em direção a La Paz. A marcha deveria ter sido iniciada no dia 16 de setembro, com o objetivo de exigir do Congresso Nacional a aprovação da lei de convocatório do referendo que aprovará a nova Constituição Política do Estado. A reunião vai ocorrer em Cochabamba. A informação foi dada por Morales quando da sua participação da sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas, em Nova York.

Esses movimentos fazem parte da Coordenação Nacional para a Mudança (Conalcam – sigla em espanhol). Segundo Morales, caso os governadores não aceitem um acordo, haverá novas mobilizações. A marcha foi motivada pelo massacre que levou à morte 18 pessoas em Pando. A Conalcam espera que, na quinta-feira (25), os governadores dêem uma resposta positiva para a viabilização do referendo.

O presidente boliviano disse acreditar em um acordo com a oposição. No entanto, deixou claro que se não houver vontade por parte dos governadores, por bem ou por mal, o povo os obrigará a aprovar a nova Constituição. Morales pediu que o rechaço e a oposição ao novo texto constitucional sejam democráticos e não violentos.

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