Defensoras de direitos humanos recebem ameaças de morte

Com ampla atuação no Estado de Chihuahua ante aos crescentes assassinatos e desaparecimentos de mulheres, as defensoras dos direitos humanos, Maria Luisa García Andrade e Marisela Ortiz Rivera, estão recebendo constantes ameaças de morte. As ameaças foram enviadas dias depois da estréia de "Bajo Juárez: a Cidade devorando suas filhas", um documentário sobre os homicídios de mulheres em Cidade Juarez e na cidade de Chihuahua, no estado de Chihuahua.

Adital
Com ampla atuação no Estado de Chihuahua ante aos crescentes assassinatos e desaparecimentos de mulheres, as defensoras dos direitos humanos, Maria Luisa García Andrade e Marisela Ortiz Rivera, estão recebendo constantes ameaças de morte. As ameaças foram enviadas dias depois da estréia de "Bajo Juárez: a Cidade devorando suas filhas", um documentário sobre os homicídios de mulheres em Cidade Juarez e na cidade de Chihuahua, no estado de Chihuahua.

Entre as pessoas retratadas no documentário, aparece Lilia Alejandra García Andrade, a filha assassinada de Norma Andrade e irmã de Maria Luisa García. Esta última e Marisela Ortiz aparecem no documentário como destacadas ativistas de Nossas Filhas de Regresso a Casa (NHRC), uma organização que pede justiça para as mulheres assassinadas na região.
Segundo uma testemunha presencial, no dia 30 de outubro, um automóvel escuro com os vidros fume se aproximou da casa de Maria Luisa García na Cidade Juarez quando ela estava ausente. Um homem saiu do carro e jogou uma pedra contra a casa que quebrou uma janela, por meio da qual jogou um grande cartão no qual ameaçava matar Maria Luisa García e causar danos a seus filhos.

No dia 5 de novembro, Marisela Ortiz encontrou também diante de sua casa um cartão que, com letras recortadas e coladas, dizia: "Vajo [sic] Juarez morte". As duas mulheres apresentaram denúncia diante da Promotoria Especial para os Delitos de Violência contra as Mulheres e Tráfico de Pessoas.

A preocupação pelas pessoas que compõem NHRC aumentou pelo fato de que já tenham sido ameaçadas no passado. Em maio de 2008, após a estréia do filme "Bordertown", baseado livremente nas histórias das mulheres assassinadas na região, várias mulheres membros de NHRC receberem um correio eletrônico insultante e ameaçador após prestar seu apoio à apresentação do filme como meio de chamar atenção para os homicídios de mulheres em Cidade Juarez.

Desde aquelas ameaças de maio de 2008 contra as integrantes da NHRC e suas famílias, não houve progressos na investigação e na busca dos responsáveis. Marisela Ortiz Rivera e Maria Luisa García Andrade só têm recebido proteção limitada de agentes da política federal e não têm recebido atenção alguma da procuradoria Geral nem da política estadual, apesar de a Comissão Interamericana de Direitos Humanos ter ordenado ao governo mexicano que adotasse medidas para protegê-las.

Entrevistas com Marisela Ortiz publicadas na Adital:

http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=32478

http://www.adital.com.br/site/noticia2.asp?lang=ES&cod=24360

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