Durante todo o dia de ontem, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) realizou caminhadas pelas ruas de Vitória em defesa da agricultora camponesa, além de audiências na Secretaria de Agricultura (Seag), Banco do Brasil e Governo do Estado.
Também foi realizado um ato conjunto com a Assembléia Popular na empresa de energia Escelsa, onde foram entregues centenas de auto-declarações solicitando o desconta da Tarifa Social de Energia Elétrica.
Conquistas da luta
Na audiência realizada na Seag, que contou com a participação do IDAF e IEMA, foram garantidos recursos para a reforma do prédio do Mercado Popular de Alimentos, em São Gabriel da Palha, bem como para a instalação da primeira micro-usina de produção de energia e alimentos. Os órgãos ambientais garantiram que irão fiscalizar, monitorar e restringir a aplicação de agrotóxicos por via aérea.
Já no Banco do Brasil, foram tratados assuntos da pauta nacional, entre eles, ampliação de créditos para produção de alimentos; e também problemas com a burocracia de projetos nos municípios.
Com o Governo do Estado, foi garantida a construção de 500 casas no campo para 2009; a identificação das terras devolutas no Estado, bem como sua arrecadação para fins de reforma agrária; e apoio com recursos para a instalação, ampliação e manutenção das escolas famílias agrícolas.
Luta campo-cidade
Cerca de 200 pessoas organizadas na Assembléia Popular dos bairros da região de Grande Terra Vermelha e de Central Carapina ocuparam a sede central da Escelsa, na Serra, reivindicando a Tarifa Social de Energia Elétrica. Elas partiram do bairro Central Carapina e foram em caminhada até à empresa.
A conquista dessa luta foi a entrega de centenas de auto-declarações, que foram protocoladas uma por uma na empresa, que assegurou o desconta na conta de luz a partir da próxima conta.
Atividades prosseguem nesta quarta-feira (20/05)
Para o dia de hoje, os 1.500 camponeses do MPA irão caminhar até à Secretaria de Educação e também até o Ibama.
À tarde, haverá um ato simbólico em frente ao Banestes, pela não privatização do banco, bem como uma entrega de alimentos às famílias urbanas.