A equipe de São Paulo está reunida entre os dias 10 e 11 de fevereiro para um Encontro de Planejamento e Socialização das ações da RECID. Mas em meio à programação do primeiro dia, todos saíram às ruas para o ato contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo.

O prefeito Kassab (DEM), aumentou 17,4% às passagens dos ônibus em janeiro de 2010, passando de R$2,30 para R$2,70. E agora em janeiro de 2011 aumentou mais 11%, passando a R$3,00. Isto é um roubo!! O Ato começou na frente da prefeitura e seguiu até a ocupação do terminal de ônibus parque Dom Pedro II e voltou para a prefeitura. Muitas bandeiras estavam erguidas, a favor da estatização do transporte, chega de enchentes, transporte não é mercadoria, onde está o dinheiro do povo?      

O prefeito representa os interesses destes grandes empresários de ônibus e os subsídios pagos são imensos. A falta de investimento na infra-estrutura e na limpeza da cidade faz com que todos os anos a população sofra com os alagamentos das chuvas de verão. A manifestação ocorreu pacificamente, ao contrário da primeira passeata no dia 13 de janeiro aonde a repressão foi dura e repercutiu intensamente na mídia alternativa. O número de manifestantes foi crescendo ao longo da caminhada, mas infelizmente a participação ainda é estudantil em grande parte e a população oprimida está ausente. Estes, que mais sofrem com as imposições capitalistas, precisam fortalecer as mobilizações.

Mas os comerciantes na frente das lojas apoiavam os manifestantes e dançavam com as palavras de ordem e ao som do surdo. “Vai Kassab, vai pegar busão” “aumento pros deputado e pro povo busão lotado” “trabalho e estudo o dia inteiro e o Kassab ainda rouba o meu dinheiro”.

E a mulherada do WEN DO, distribuiu um panfleto bem reflexivo: O que a puta tem a ver com isso? A construção de um transporte verdadeiramente livre e de uma vida sem catracas começa agora com o nosso movimento. Nossa luta nas ruas deve espelhar o novo mundo que carregamos em nossos corações e que queremos ver funcionando, sem discriminações, exclusões e opressões. Assim acreditamos que o povo organizado deve ter suas falas qualificadas a fim de não reforçar o sexismo vivenciado em outros espaços.
Enfim a Marcha foi para rua de forma organizada, norteando os que por ali passavam que a luta está só no início, que temos muito a avançar, a conquistar. A resistência popular está presente! Se fez presente! Continuará presente!

Somente as Marchas radicalizadas nas ruas reverterão à ausência de direitos garantidos pela Constituição Federal.

RECID São Paulo – 10 de fevereiro de 2011.