Mobilização

No dia 18 de abril de 2011, Várzea Grande MT vievenciou um momento inedito na sua história, onde o povo saiu as ruas para cobrar moralidade e respeito por parte do poder publico local.

 Este município possue mais que 250 mil habitantes segundo maior municipio do estado de Mato Grosso vive desde de 2008 uma situação vergonhosa no que diz respeito ao poder publico com diversas denuncias de corrupção, desvio de dinheiro publico (obras do PAC), monopolio de transporte, dentre outras, essas denuncias envolvem tanto o executivo quanto o legislativo do municipio. Enquanto isso a população fica abandonada a propria sorte sem ruas, sem saneamento, sem saúde (médicos ficaram 04 meses em greve e o hospital regional construido desde 2008 sem funcionar) sem educação (merenda escolar estragada e professores com salarios atrazados) transporte publico em pessimas condições dentre diversos outros problemas.

A RECID vem desde 2009 trabalhando com atividades de formação e organização em diversos bairros onde concentra os/as trabalhadores/as empobrecidos/as e oprimidos/as deste município, o trabalho sobre metodologia popular e poder popular com enfoque na organização popular possibilitou a organização dos grupos formados nos diversos bairros articulasse junto com o sindicato dos profissionais da educação e o MST  para a Marcha “ACORDA VARZEA GRANDE” que contou com a presença de quase 500 pessoas.

Pelo MST a ação faz parte da jornada de lutas de abril que lembra o Massacre de El Dorado dos Carajas, onde 19 trabalhadores Sem Terra foram mortos a bala e mais 02 morreram posteriormente devido a complicação nos ferimentos, sendo que após 15 anos os culpados ainda continuam impune.

A mobilização marca a historia de Varzea Grande por ser a primeira, por ter a pauta de reivindicação construida pela população no geral onde buscou nos grupos dos bairros a suas reivindicações, por organizar equipe para continuar acompanhando a efetivação da negociação, pelo processo continuo de formação, reflexão e analise da conjuntura, e marcou também uma articulação de luta dos/as trabalhadores/as do campo e da cidade.