Após o Festival Folclórico de Parintins com a vitória do Boi Bumbá Garantido, mas ainda no clima do Festival, trabalhadores e trabalhadoras rurais da região do Rio Uaicrapá e da própria região do Caburi, técnicos do IDAM e nós da RECID Baixo Amazonas, no banzeiro do rio Amazonas chegamos à próspera Comunidade do Caburi que está com suas ruas asfaltadas, desfrutando dos benefícios do Programa Luz pra Todos e servindo de acampamento para trabalhadores no projeto de instalação do Linhão de Tucuri que corta os Estado do Pará e Amazonas com destino a capital Manaus para visitar e ver de perto os frutos de semente que espalhamos no solo fértil do Caburi que deu origem a COOPRAC hoje com nova denominação COOPAC – Cooperativa Agroindustrial do Caburi.
A COOPAC tem como Presidente o Sr. Camilo Pio Machado e como Gerente Jorge Cláudio Nascimento, tem aproximadamente 100 cooperados, os dois citados são da equipe de Educadores voluntários do coletivo da RECID Parintins.
UM BREVE HISTÓRIOCO DO TRABALHO DA RECID JUNTO A COMUNIDADE
Em nossas tentativas de trabalhar com grupo de produtores e a convite de um grupo de mulheres fomos a Agrovila de Caburi e lá realizamos uma oficina de reconhecimento da RECID e por solicitação das participantes realizamos ali um curso de associativismo e cooperativismo em parceria com o SEBRAE e nesta atividade tomamos conhecimento da vocação dos comunitários em trabalhar o cultivo da cana-de-açúcar e bem como o seu beneficiamento. Constatamos ainda que um dos governadores do Estado havia doado para a comunidade uma moenda motorizada que estava sem uso e sem estruturas adequadas para funcionamento. Incentivamos a criação de uma cooperativa para desenvolver o anseio dos agricultores de terem o seu engelho funcionando e assim produzirem o tão sonhado açúcar mascavo e rapadura. Utilizando moenda a tração animal, aqueles agricultores já produziam mel. No entanto eles apresentavam como maior demanda a estrutura do prédio e falta de compradores para a produção, além de estarem à espera de “alguém” (Governante etc) que desse a eles essa estrutura e condição financeira para trabalhar.
Foi ai que duas bravas mulheres entraram em ação, Lilian – Gerente do SEBRAE que apoio e exigir dos mesmos a regularização da COOPRAC, para que pudesse pleitear um DRS Desenvolvimento Rural Sustentável – projeto do Banco do Brasil afim de que os próprios comunitários lutassem pela realização de seus sonhos e o fizessem com seus próprios esforços. Finalmente a COOPRAC conseguiu se reestruturar e se adaptar ao DRS.
Trabalho continuou com as formações da Recid e o acompanhamento do responsável pelo DRS no município. Essa parceria ficou mais forte com a participação o então Gerente do Banco do Brasil – Agencia de Parintins, no encontro Intermunicipal da RECID onde passou um dia todo estudando sobre educação popular estava também presente neste encontro a Assessora Vera Lucia Barreto este encontro abriu as portas para que na gestão do seu substituto o Gerente Lucio Fugimoto, percebesse que investir na comunidade com um DRS, seria significativo para todos.
Hoje a Cooperativa está num processo de Instalação de estruturas e adquiriu um caminhão para transporte da produção, está com aproximadamente cinqüenta hectares de cana de açúcar, para produção do açúcar mascavo.
O Encontro foi uma troca de experiência entre os agricultores e agricultoras em visita a quatro propriedades onde puderam sentir os resultados dos trabalhos e passar informação das atividades que são feitas em suas propriedades, visando melhorar o sistema de produção da Agrovila.
Consideramos a experiência bastante positiva no sentido de incentivar a produção, acreditamos que isto pode servir para que ideias sejam partilhadas e técnicas aprimoradas e os resultados futuros
sejam satisfatórios.
Relatorio: Educador e articulador do Baixo Amazonas – Valdemilson Pires
Revisão e postagem: Educadora Rosiete Barros