CUT participa do lançamento do FSM Palestina Livre

O ato de lançamento do Fórum Social Mundial Palestina Livre aconteceu na manhã do dia 24 de setembro, no auditório do Memorial do Rio Grande do Sul, durante uma coletiva de imprensa. O Fórum acontecerá de 28 de novembro a 1º de dezembro, em Porto Alegre, e tem como objetivo reunir pessoas e organizações no apoio à causa palestina, através de conferências e atividades culturais que ocorrerão no centro de Porto Alegre e ao longo da orla do Guaíba.

Na tentativa de prestar solidariedade ao povo palestino, o presidente da CUT/RS, Claudir Nespolo, participou ativamente do evento. “Este Fórum reúne todo o sentimento de solidariedade ao povo palestino”, afirmou Nespolo. A CUT apoia a causa palestina e aprovou, durante seu congresso nacional, uma moção de solidariedade ao povo palestino.

Na moção, a Central Única dos Trabalhadores do Brasil reitera sua condenação às políticas de ocupação israelense do território palestino, que ignoram as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), ferindo as normas internacionais de direitos humanos, como já expressava em seu 6º Congresso Nacional.

Diversos representantes de movimentos sociais expressaram seu apoio ao povo palestino, entre eles, Via Campesina, Movimento dos Sem Terra e Marcha Mundial de Mulheres.

O governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, também se fez presente. Ao manifestar apoio à causa e solidariedade aos refugiados palestinos, o governador lembrou que o Brasil defende o reconhecimento do Estado Palestino e o cumprimento dos acordos de Oslo, além de ser contrário à ocupação militar na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. “É necessário que os setores políticos de Israel e da comunidade palestina se unifiquem, para que, com base na tolerância, no respeito à autodeterminação dos povos e ao direito de existência do Estado Palestino, comunguem para uma grande movimentação política, global, para o reconhecimento deste Estado e dos direitos históricos, culturais e sociais do povo palestino”, afirmou Tarso.

A parlamentar Haneen Zoabi, primeira mulher palestina de um Partido Árabe a ocupar um assento no parlamento Israelense, contextualizou a situação atual de Israel. Segundo ela, os palestinos que vivem em Israel têm somente 3% das terras. “Akém de confircarem a terra, a cultura dos palestinos também está sendo confiscada”, destacou.

Ao final de sua fala, Zoabi desabafou: “Enquanto Israel não for punido, o povo palestino continuará a sofrer. Israel tem que pagar o preço da ocupação da Palestina.”

O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, disse que o encontro será uma oportunidade para os refugiados relatarem suas experiências vividas por 65 anos, após a divisão do território palestino pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Nosso povo está dividido em vários lugares do mundo, mas está unido num mesmo ideal. Queremos uma vida digna, sem ocupação e sem discriminação”, destacou. Estima-se que seis milhões de palestinos estejam refugiados em diversos países do mundo.

O médico cristão e Prefeito de Belém, Victor Batarseh, disse que, apesar de sua importância histórica e espiritual, Belém está sendo estrangulada pela ocupação de Israel.

O Fórum Social Mundial Palestina Livre é promovido por um comitê formado por 36 entidades, sindicatos e Organizações Não-Governamentais e tem o apoio da Assessoria de Cooperação e Relações Internacionais do Governo do Estado.

Mais informações sobre o Fórum poderão ser obtidas através dos seguintes contatos:

(51) 32213521[email protected] ou http://wsfpalestine.net

Texto: Daiani Cerezer, com informações do governo do Estado do RS

Fotos: Daiani Cerezer

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