Mulheres apresentarão propostas para a segurança pública

Até junho serão promovidos encontros em sete cidades de todas as regiões brasileiras, reunindo um grupo de 30 mulheres de diferentes perfis – classe social, cor, idade e profissão.

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) vai realizar um estudo inédito no País para identificar a visão feminina e suas propostas para a segurança pública. Até junho serão promovidos encontros em sete cidades de todas as regiões brasileiras, reunindo um grupo de 30 mulheres de diferentes perfis – classe social, cor, idade e profissão.

Por meio de uma metodologia de estímulo ao diálogo, elas vão analisar a questão da violência especificamente contra mulheres, mas também a que atinge a sociedade como um todo. As propostas apresentadas durante as reuniões servirão de base para um documento que será levado à 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, marcada para agosto, em Brasília.

O projeto Mulheres – Diálogos sobre Segurança Pública foi lançado na última sexta-feira (24) no Rio de Janeiro. O primeiro encontro, também na capital fluminense, foi realizado no fim de semana, e reuniu donas de casa, uma médica, uma ex-presidiária, uma prostituta, uma pescadora, uma professora e uma socialite.

De acordo com a ministra da SPM, Nilcéa Freire, levar a visão feminina para a conferência é importante porque coloca a mulher como protagonista em uma discussão sobre uma realidade que ela vivencia sob diversos aspectos.

"Queremos tirar a mulher do papel apenas das que precisam de proteção, como vítima, mas (mostrá-la) como aquela que pode protagonizar a construção da paz na sociedade", afirmou Nilcéa.

A ministra também destacou o papel da mulher como "mediadora social" em conflitos, assumindo posições estratégicas na formação dos indivíduos, como professora, dona de casa, entre outros. Nilcéa enfatizou ainda a interligação entre os diversos tipos de violência.

Todos os encontros serão acompanhados por grupos de especialistas, como psicólogos, filósofos, sociólogos e antropólogos, que vão analisar as discussões e ajudar a produzir o documento final.

A deputada Iriny Lopes (PT-ES) ressaltou também a importância do público feminino para o sucesso dos projetos na segurança pública. "As mulheres estão tomando consciência da importância de sua posição na sociedade. As conferências e os próprios encontros provam isso. É com a participação de mães, esposas, vítimas da violência da sociedade que daremos estímulos para que o todo se manifeste e faça com que leis importantes como a Lei Maria da Penha, sejam cumpridas".

Além do Rio de Janeiro, os encontros serão promovidos em São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Belém e Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.

Fonte: Secretaria de Políticas para as MUlheres

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