Massacre contra estudantes em Tlatelolco completa 40 anos

Hoje (02/10), o massacre contra estudantes em Praça das Três Culturas, em Tlatelolco, México, completa 40 anos. Os estudantes da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Autônoma de Chiapas vão realizar uma marcha, às 16h, nesta quinta-feira, às 16h, partindo da Faculdade de Ciências Sociais em direção ao centro da cidade para terminar com uma manifestação política e cultural na Praça da resistência

Adital

Amanhã (2), o massacre contra estudantes em Praça das Três Culturas, em Tlatelolco, México, completa 40 anos. Os estudantes da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Autônoma de Chiapas vão realizar uma marcha, às 16h, nesta quinta-feira, às 16h, partindo da Faculdade de Ciências Sociais em direção ao centro da cidade para terminar com uma manifestação política e cultural na Praça da resistência.

Segundo os estudantes, a realização da marcha é um imperativo para reivindicar a luta dos que morreram por uma transformação da sociedade que permitisse obter melhores condições de vida. Eles acusam como responsáveis diretos Gustavo Díaz Ordaz e Luís Echeverría, presidente da República e secretário de Governo, respectivamente, além dos corpos policiais e elementos do Exército mexicano, Força Aérea e grupos de Guardas Brancas.

"No movimento estudantil-popular de 1968 foram masacrados mais de 400 pessoas por ordens do ex-presidente Gustavo Díaz Ordaz e seu cúmplice Luís Echeverría Alvarez, que atuava como secretário de Governo. Esse crime de lesa humanidade que mesmo após 40 anos de seu execução ainda segue impune, não responsabilizaram nem castigaram aqueles que ordenaram e aqueles que executaram", afirma o convite.

Eles recordam que a chacina de Tlatelolco não foi a única vez em que o Estado mexicano usou os corpos repressivos para dar "solução" às demandas das distintas organizações sociais: "Durante esse anos, a repressão e os massacres foram as únicas vias de solução às demandas estudantis, agrárias, do magistério, trabalhistas e indígenas. Em nossa memória estão: o massacre de 10 de junho de 1971, a guerra suja entre os anos 70 e 80 e suas centenas de mortos, desaparecidos e encarcerados, assim como os massacres em Águas Blancas, El Charco, Guerrero; Água Fria, Oaxaca; Acteal, El Bosque, Chiapas, nos anos 90".

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