Como toda Nação brasileira, o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) se viu perplexo e indignado diante das ofensas racistas e homofóbicas proferidas pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ) contra a cantora Preta Gil, e por conseqüência contra ambos os grupos sociais, em programa de televisão, na última segunda-feira, dia 28 de março.
Bolsonaro tem um enorme histórico de hostilização e de ofensas contra minorias sociais e contra os defensores de direitos humanos.Por todas essas razões, que culminaram com as agressões de segunda-feira e as suas desastradas explicações, o MNDH subscreveu a representação protocolada contra Bolsonaro na Corregedoria da Câmara dos Deputados pela Comissão de Direitos Humanos e apóia as representações encaminhadas ao Ministério Público e à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e a iniciativa da deputada federal Manuela D’ávila (PCdoB-RS) de destituir Bolsonaro de seu cargo na Comissão de Direitos Humanos e Minorias daquela Casa parlamentar.
Numa sociedade democrática é de direito que as pessoas possam emitir suas opiniões, mas as proferidas por Bolsonaro extrapolam esse direito, posto que denigrem pessoas e grupos sociais, e estimulam a violência e os atos de intolerância.Diante disso, a sociedade tem o direito e teve reagir, exigindo que a Câmara Federal haja contra tamanha intolerância.Jair Bolsonaro representa na Câmara dos Deputados um pequeno segmento da sociedade brasileira que é inimiga visceral dos Direitos Humanos e como eficiente serviçal da intolerância assim age no âmbito do parlamento e fora dele.
Brasília-DF, 01 de Abril de 2011.
Atenciosamente,
Gilson Cardoso
Coordenador Nacional MNDH
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