Mulheres Camponesas se mobilizam no Dia Internacional da Mulher

Mulher – 08 de março

Na Sociedade que a Gente quer, Basta de Violência contra a Mulher!

 

            Após realizarem o I Encontro Nacional do Movimento em Brasília (dias 18 a 21 de fevereiro de 2013), mulheres camponesas, organizadas no Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), organizam e participam de várias atividades em municípios e capitais de diversos estados do Brasil. Estas ações fazem parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres do Campo e da Cidade.

            Abaixo temos um resumo das principais atividades que foram e serão desenvolvidas e que contaram com a presença de mulheres do MMC.

 

 

Mulheres Ocupam Usina na Zona da Mata de Pernambuco/PE

Neste dia 08 de março de 2013, 400 mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) ocuparam a Usina Maravilha, localizada no município de Condado, no norte do estado. Esta ação faz parte da jornada nacional de luta das mulheres do campo e da cidade.

 

Mulheres do Campo e da Cidade realizam ato em Espírito Santo/ES

No dia 08 de Março de 2013, aproximadamente 200 mulheres do campo e da cidade realizaram ato na Praça Costa Pereira, centro de Vitória/ES, denunciando a violação de direitos e a violência cometida contra as mulheres no Estado.

Destaca-se que o Estado do Espírito Santo, ocupa a primeira posição nos números de homicídios femininos, sendo 9,8% para cada 100 mil mulheres. Desta forma, o foco do protesto também visou denunciar o Governo do Estado na ausência de políticas públicas que garantam a punição dos agressores e o combate a violência contra as mulheres.

 

Mais de 2500 mulheres camponesas se mobilizam no Estado de Santa Catarina

Aproximadamente 2500 mulheres camponesas estiveram reunidas entre os dias 06 a 15 de março de 2013 em Santa Catarina, debatendo os desafios da produção de alimentos saudáveis e também os desafios colocados para a comercialização destes produtos.

Municípios de treze regionais do estado onde o MMC está organizado realizaram atividades com momentos de debates sobre o tema e entrega de pauta de reivindicações para os governos municipais em relação a comercialização da produção dos alimentos produzidos pelas mulheres camponesas.

 

Mulheres realizam estudo e ocupam três áreas de empresas de celulose na Bahia

Cerca de 1.200 mulheres integrantes da Via Campesina ocuparam nesta segunda-feira (04 de março) uma área da Veracel Celulose no município de Itabela (BA). Outras duzentas famílias ocuparam duas áreas da Suzano celulose no município de Teixeira de Freitas, abrindo assim a jornada de mobilização das mulheres no estado da Bahia.

Ainda, no dia 08 de Março de 2013, mulheres camponesas de três municípios (Riacho de Santana, Pindaí e Caitité) da Bahia se reuniram para fazer encontros locais, de maneira a discutir temas como I Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas, Violência contra a Mulher, a realidade das mulheres no campo e Dia 08 de Março, dia de luta e resistência. Participaram entre 50 a 70 mulheres em cada um dos locais.

 

Jornada de Luta das Mulheres do Campo e da Cidade no Rio Grande do Sul

Após ocupar a empresa Milenia Agrociências na manhã do dia 06 de março de 2013, as mulheres da Via Campesina, MTD e Levante Popular da Juventude acompanham a partir das 13h em Porto Alegre o julgamento para anular o parecer Técnico nº 987 de 2007, que aprovou a liberação do milho geneticamente modificado Liberty Link, da empresa Bayer.Em Porto Alegre, as mulheres participam do Julgamento para anulação do parecer de aprovação do milho geneticamente modificado Liberty Link, da Bayer.
No mesmo dia em Santa Cruz do Sul, cerca de 400 mulheres ligadas ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Conselho Municipal da Mulher, Escola Família Agrícola e Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) realizam estudo sobre a vida das mulheres no campo e uma marcha no centro da cidade. A ação visa denunciar a violência praticada contra as mulheres e reivindicar o direito à produção de alimentos saudáveis, em um modelo de agricultura que preserve o meio ambiente, livre de transgênicos e das monoculturas de exportação.

No dia 08 de março de 2013, 700 mulheres da Via Campesina, MTD e Levante realizaram ação de denúncia na Avenida Tronco, uma das obras da Copa do Mundo que está sendo realizada pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre.  As mulheres dos movimentos sociais se somam às moradoras da região para denunciar a violação de direitos humanos e sociais, marcada pelos despejos e remoções forçados das famílias, trazendo diversas consequências à população, especialmente para as mulheres. No mesmo dia 500 mulheres ocuparam o Incra local. Na tarde as mulheres marcharam até o Centro Administrativo do Estado do Rio Grande do Sul.

Em Palmeira das Missões 220 mulheres do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) realizaram manifestação pelas ruas da cidade.

 

Mulheres Camponesas do Paraná se mobilizam

Neste 08 de Março – Dia Internacional da Mulher – mulheres camponesas de três municípios do Estado do Paraná estarão realizando atividades que congregarão estudo, confraternização e caminhada. As ações fazem parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres do Campo e da Cidade. Abaixo temos um resumo destas atividades.

Quedas do Iguaçu: Com o tema “Basta de violência contra a Mulher!” as mulheres de Quedas do Iguaçu, se organizam no dia 09 de março de 2013, para o 8° Encontro Regional de Mulheres Camponesas do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e dos Sindicatos, envolvendo os grupos que atuam nos assentamentos, acampamentos e comunidades da região.

Para o encontro está prevista a participação de aproximadamente 1000 mulheres da região. Neste mesmo dia, pela tarde, as mulheres seguirão em marcha pelo centro da cidade com faixas e cartazes sobre o lema do encontro.

Flor da Serra do Sul: Neste município situado na região Sudoeste do Paraná, acontecerá o 7º Encontro em celebração ao Dia Internacional da Mulher. O encontro acontecerá no domingo dia 10 de março de 2013 e tem como Tema “A participação da mulher nos espaços de poder e na política”. Também estará sendo abordado o tema da Previdência Pública Universal e Solidária e a ampliação do salário maternidade para 06 meses e inclusão das informais.

Este encontro esta sendo organizado pelo Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), ASSINTRAF (Barracão, Flor da Serra do Sul e Bom Jesus do Sul) Sindicato de Salgado Filho, Sindicato de Manfrinópolis e Cresol de Salgado Filho. O público esperado para o encontro é de aproximadamente 500 mulheres desses municípios.

Mangueirinha: No dia 15 de março um grupo de mulheres do MMC participará de audiência pública com o INCRA e assentados/as e acampados/as da região Sudoeste, juntamente com mulheres do MST e do Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MAB) no município.

 

Brasília/DF:

Mulheres Camponesas, organizadas no Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) participam de seminário que discutiu a Atualidade na Luta Feminista no dia 07 de março de 2013, organizada pelo Observatório da América Latina e da África, da Associação de Pós-Graduandos Ieda Delgado (APG/UnB).

Ainda, as mulheres organizaram nos dias 08 a 10 de março a Oficina sobre Feminismo, relações de gênero e agroecologia.

Neste mesmo Estado no dia 05 de março, mulheres da Via Campesina organizam acampamento ao lado da Esplanada dos Ministérios e na quinta-feira (07/3), mais de 1000 camponesas da Via Campesina e do Movimento Camponês Popular (MCP) ocuparam o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e realizaram negociações com o Ministério da Previdência Social, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Brasília.

 

Roraima realiza mobilização pelo fim da violência praticada contra as mulheres.

No dia 08 de março de 2013, o Movimento de Mulheres Camponesas, junta
mente com outras organizações do Campo realizaram mobilização em Boa Vista, capital do Estado.

A pauta desta ação procurou discutir questões referentes a violência contra a mulher e a invisibilidade feminina. As mulheres afirmaram neste dia que o 08 de março não é um dia alusivo a comemorações festivas, para receber presentes e flores e sim um dia simbólico de luto, luta e resistência. Participaram desta atividade cerca de 200 mulheres.

 

Mulheres Camponesas de Bujari/Acre realizam I Encontro Municipal

Nos dias 07 e 08 de março de 2013, o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) de Bujari/Acre esteve realizando o 1º Encontro Municipal de Mulheres Camponesas de Bujari.

Durante os dois dias de atividades, participaram cerca de 350 mulheres de diferentes comunidades do município de Bujari. As camponesas vivenciaram momentos culturais, estudo e debate sobre a campanha “Basta de Violência contra as Mulheres”, Lei Maria da Penha, Projeto de Agricultura Camponesa e realizaram um resgate histórico das lutas e da Organização do MMC.

Ainda, na manhã do dia 08 de março de 2013, as mulheres participaram de sessão solene na Câmara de Vereadores local e entregaram uma Carta de reinvindicação para o prefeito municipal Antônio Raimundo da Silva Ramos.

 

Mais ações estão sendo esperadas durante de Março. Estas atividades fazem parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres do Campo e da Cidade que acontece desde 2006 e congrega ações articuladas nacionalmente pelas mulheres dos movimentos sociais do campo e da cidade. Ao longo desses anos, diversas ações foram protagonizadas pelas mulheres como forma de luta e resistência à opressão e à dominação que sofrem na esfera privada e pública pelo sistema machista e patriarcal. A Jornada aglutina as demandas das mulheres dos movimentos sociais através de ações conjuntas, que evidenciam as diversas formas de violência sofridas no cotidiano. Em 2013, o tema “Por vida e soberania alimentar, basta de violência contra a mulher” evidencia as diversas formas de violência contra as mulheres, como a violação dos direitos humanos, ausência de políticas para produção de alimentos saudáveis, ausência de uma política de moradia para o campo e para a cidade. A redução dessa violência, segundo as mulheres, passa pela produção de alimentos saudáveis, preservação das sementes crioulas, práticas agroecológicas sem agrotóxicos, a realização de uma reforma agrária e urbana que atenda aos interesses do povo brasileiro e mudanças estruturais nas relações entre as pessoas e destas com o meio ambiente.

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