Coiab inaugura Centro Amazônico de Formação Indígena

Fortalecer organizações indígenas locais e regionais na promoção da autonomia dos povos indígenas e no fomento da sustentabilidade de seus territórios, através da formação de técnicos próprios em gestão territorial. Esse é o principal objetivo do Centro Amazônico de Formação Indígena

   Fortalecer organizações indígenas locais e regionais na promoção da autonomia dos povos indígenas e no fomento da sustentabilidade de seus territórios, através da formação de técnicos próprios em gestão territorial. Esse é o principal objetivo do Centro Amazônico de Formação Indígena (Cafi) inaugurado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), na segunda-feira, 21 de agosto de 2006, na Rua Rio Purus, 17, Bairro Vieiralves, Manaus-Amazonas.

   O ato de inauguração reuniu lideranças indígenas, representantes do Governo do Estado do Amazonas, instituições de ensino e entidades parceiras.
  

   O Cafi, pioneiro no treinamento de indígenas em etnogestão começa ainda neste mês com uma primeira turma de 15 estudantes indígenas, proveniente de 12 Terras Indígenas da Amazônia, e funcionará com um quadro de consultores indígenas e não indígenas, especialistas nas diferentes áreas de interesse dos povos indígenas amazônicos. O primeiro curso de Gestão Etnoambiental abordará as seguintes disciplinas: fiscalização  e proteção em Terras Indígenas; técnicas de Sistemas de Informação Geográfica (Sig) e  sensoriamento remoto; legislação ambiental e indígena;  e técnicas de manejo de recursos naturais.
  

Depois da capacitação inicial de cinco meses, os alunos retornarão para suas terras de origem para colocar em prática os conhecimentos adquiridos, como o suporte da Coiab.

A partir do primeiro semestre de 2007, o Cafi contará também com um curso de Técnicos em Projetos, voltado a desenvolver habilidades e conhecimentos necessários para o gerenciamento do ciclo completo de projetos, envolvendo diagnóstico, redação, orçamentos, implementação e monitoramento de atividades.

No primeiro ano de funcionamento, o Cafi pretende formar duas turmas 15 estudantes cada, podendo este número aumentar de acordo com os resultados alcançados.

A iniciativa, liderada pela Coiab, através de seu Departamento Etnoambiental, tem o apoio do Programa de Conservação da Amazônia da The Nature Conservancy (TNC) e da organização Amigos da Terra (Suécia).

De acordo com o coordenador geral da Coiab, Jecinaldo Saterê-Mawé, "O Cafi para o movimento indígena representa a passagem da teoria à prática, na formação própria de indígenas, e visa se tornar uma referência na luta pela defesa dos direitos indígenas, na efetivação da gestão territorial, sustentabilidade e autonomia dos povos indígenas". Para o diretor do Centro, Lúcio Terena, além de representar uma afirmação étnica e de cidadania, o Centro vem a atender a uma antiga reivindicação dos Povos Indígenas da Amazônia, que sempre lutaram por maior capacidade política e técnica para sua autonomia e sustentabilidade".

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

7 + 2 =