Campanha protesta contra as privatizações

Com ações contra o Mega Projeto Eólico do Istmo de Tehuantepec, em Oaxaca, acontece no México a Campanha Internacional contra a Privatização da água e da Energia pelas transnacionais espanholas: "Contra a Nova Invasão". A campanha tem como objetivo articular as resistências latino-americanas contra a privatização desses recursos. A informação é da Rede Jubileu Sul México e do Movimento Mexicano de Afetados pelas Represas e em Defesa dos Rios.

Adital
Com ações contra o Mega Projeto Eólico do Istmo de Tehuantepec, em Oaxaca, acontece no México a Campanha Internacional contra a Privatização da água e da Energia pelas transnacionais espanholas: "Contra a Nova Invasão". A campanha tem como objetivo articular as resistências latino-americanas contra a privatização desses recursos. A informação é da Rede Jubileu Sul México e do Movimento Mexicano de Afetados pelas Represas e em Defesa dos Rios.

Nas últimas décadas, o governo mexicano, sob a falsa premissa do fracasso das políticas de estado para prover dos serviços básicos a cidadania, começou uma privatização silenciosa dos recursos estratégicos para a soberania do povo mexicano, contraindo com isso uma dívida social e ecológica.

Água, energia e alimentos estão em perigo de cair pro completo nas mãos de transnacionais, que, mediante os tratados de livre comércio com os Estados Unidos e a União Européia, permitem que a extração e a privatização dos recursos naturais e dos recursos energéticos sejam monopolizadas por corporações. Além da dívida social que recai sobre a economia dos cidadãos, a dívida ecológica pela política extrativa aumenta dia após dia, difícil de ser ressarcida ou paga.

As corporações como a União Fenosa, Endesa, Iberdrola estão privatizando pouco a pouco a indústria energética. Monsanto e Novartis são as responsáveis pela privatização das sementes e de grande parte da perda da soberania alimentar com os Organismos Geneticamente Modificados, os praguicidas e agora sua incursão no tema dos agrocombustíveis. Águas de Barcelona, Suez, se apossam dos organismos de água municipais, apropriando-se de um direito básico como o direito à água.

Segundo os movimentos, esta privatização dos recursos estratégicos por parte dessas corporações é feita com a displicência do governo mexicano e com o apoio das Instituições Financeiras Internacionais (IFIs) que não somente permitem essa privatização como contribuem com facilidades e subvenções necessárias para a instalação e operação das transnacionais. O Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e as demais IFIs obrigam o governo a modificar suas políticas para promover os investimentos e a privatização desses recursos.

A campanha é convocada no marco da Semana de Ação contra a Dívida e as Instituições Financeiras Internacionais pelo Movimento Mexicano de Afetados pelas Represas e em Defesa dos Rios (MAPDER) e pela Rede Jubileu Sul México, junto à Rede Latino-americana contra as Represas e à Aliança de Povos do Sul de Credores da Dívida Ecológica.

Os interessados em mais informação sobre a campanha podem visitar a página da internet: www.mapder.org e www.biciverde.org/lanuevaconquista, onde podem encontrar informação sobre as ações e como apoiá-las.

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