Dialogo entre governo e oposição continua sem resultado

De 23 a 25 de outubro, movimentos indígenas e camponeses realizam o Encontro Internacional de Solidariedade com a Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Sob o tema, "Quem se levanta com a Bolívia e Evo se levanta por todos os povos e para todos os tempos", o evento é promovido pela Confederação dos Povos da Nacionalidade Kichwa do Equador (ECUARUNARI) e terá a participação de destacadas organizações latino-americanas.

Adital
De 23 a 25 de outubro, movimentos indígenas e camponeses realizam o Encontro Internacional de Solidariedade com a Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Sob o tema, "Quem se levanta com a Bolívia e Evo se levanta por todos os povos e para todos os tempos", o evento é promovido pela Confederação dos Povos da Nacionalidade Kichwa do Equador (ECUARUNARI) e terá a participação de destacadas organizações latino-americanas.

Entre os objetivos do encontro, estão: conhecer a profundidade e refletir sobre a situação política, econômica e social da Bolívia; analisar a estratégia geopolítica de intervenção, dominação e divisionismo dos Estados Unidos e dos setores oligárquicos na região e particularmente na Bolívia; construir estratégias alternativas para a integração e unidades dos povos. Além disso, os participantes vão constituir o Comitê de Solidariedade Internacional com a Bolívia para defender de maneira coletiva o processo liderado pelo presidente Evo Morales.

A programação será constituída de painéis, grupos de trabalho, plenárias e aportes teóricos de expositores. As atividades do primeiro dia abordarão os seguintes temas: processo histórico de luta do povo boliviano; intervencionismo norte-americano e oligárquico; projeto revolucionário versus projeto separatista autonômico na Bolívia; papel das organizações indígenas, movimentos sociais e setores progressistas na construção da democracia.

No segundo dia, os temas são: luta pelos direitos humanos na América Latina, racismos e violação de direitos humanos na Bolívia; testemunhos de violação de direitos humanos na Bolívia por parte de grupos separatistas e terroristas; alternativas de integração política, econômica e cultural entre os governos e os povos diante do impacto da ALCA, TLCs com os EUA e União Européia e a Comunidade Andina de Nações; alternativas de solidariedade com o governo presidido por Evo Morales. No terceiro dia, os participantes realizam uma marcha pela vida, pelos mártires de Pando e pela dignidade do povo boliviano.

Na convocatória do encontro, as organizações criticam a atuação da elite boliviana: "Esses setores antidemocráticos, ao se encontrar derrotados e em meio a um total desespero para manter seus privilégios, iniciaram o plano divisionista pelas autonomias em Santa Cruz, Tarija, Beni, Pando e com o grupo terrorista denominado ‘juventude cruceñista’, implementaram uma nova fase de seu plano golpista mediante as tomadas de instituições públicas, e em seu afã de desestabilizar o governo legítimo do presidente Evo Morales, massacram e assassinam dezenas de indígenas e camponeses desarmados em Porvenir (Pando)".

Ontem (19), Morales afirmou que a aprovação da lei da convocatória do referendo é uma obrigação do Congresso Nacional. O presidente disse que a consciência dos bolivianos é que decidirá sobre o novo texto constitucional. Morales ressaltou ainda que essa é a demanda dos participantes da grande marcha que chegará nesta segunda-feira (20) a La Paz, depois de percorrer 200 quilômetros em oito dias.

No sábado à tarde, o vice-presidente da República Álvaro Garcia Linera, afirmou que governo e oposição estavam bem próximos de chegar a um acordo sobre as modificações no novo texto da Constituição. No entanto, governo e oposição continuam as negociações ainda sem acordo previsto. Um dos impasses é provocado pela discussão sobre o encurtamento do mandato presidencial de Evo Morales, para que se habilite à reeleição.

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