“O passo seginte, não é o próximo passo, é a nossa vontade de dar outros passos”.
Nesta segunda-feira, dia 30 de maio, a Rede Educação Cidadã  deu mais um passo na sua caminhada pela Educação Popular. Dentro das linhas de ações para 2011, definidas  na Reunião Ampliada de fevereiro, duas linhas tinham como objetivo fortalecer as articulações com os movimentos sociais e aprofundar os debates sobre o modelo desenvolvimentista e qual o projeto de sociedade queremos.

Uma  roda de conversa foi realizada, no Centro Cultural Latino Americano em Brasília, com alguns movimentos nacionais importantes na luta por um Brasil mais justo. “Discutir a miséria e as suas raizes é um debate único e aprofundado dos movimentos sociais. O projeto de desenvolvimento é um fator fundamental para a nossa miséria. Esta que  tem cor, tem cara, endereço e nós sabemos muito bem aonde ela se dá” Rafaela Alves (SE) da Comissão Nacional.

A  perspectiva deste encontro é  de nos organizarmos e aprofundar as questões para uma ação concreta e transformadora. Nós, movimentos sociais, devemos pautar e construir políticas públicas de qualidade para a melhoria de vida do nosso povo. A Recid por ter a concepção de “Pé Dentro, Pé Fora”  pode ser um canal de diálogo das nossas demandas para dentro do governo. Mas para isto precisamos que este  traga retornos concretos aos Movimentos Sociais. “Não adianta simplismenta abrir o espaço e não atender as reivindicações. Nos movimentos nos apropriamos dos conselhos e conferências, mas o governo não pode ficar gastanto nossa energia, mobilizando os militantes para o esquecimento”. Pedro Nunes-Terra Livre(GO)

Decepções e questões foram apontadas, como a não perspectiva de avanços com relação a Reforma Agrária e o distanciamento da participação popular na construção e e efetivação deste projeto. Sobre a política de urbanização, sobre o extermínio da juventude, negra, empobrecida e na maioria do sexo masculino. A contradição do SUS(Sistema Único de Saúde) que é reconhecimento internacionalmente e a existência de uma hegemonia que não permite a implementação de um sistema de qualidade.  As audiências municipais para que a Secretaria Nacional da Economia Solidária não faça parte do Ministério de Micro e Pequenas Empresas, mas a dúvida é se estas audiências vão incidir na decisão do governo.

“Como movimento social precisamos colocar na nossa agenda a Reforma Política, a gente quer governar, queremos fazer reformas estruturais.”disse Albineia Pinto/ANESP. Esta é  a vontade e o horizonte político, o protagonismo da Sociedade Civil e um modelo de desenvolvimento para o país que não produza misérias e sim transformação social. E para isto é necessário que se haja mobilização, organização e muita pressão. Sem repressão e sim a liberdade!

Como encaminhamento o site da Recid vai disponibilizar a sua agenda eletrônica para  concentrarmos as nossas datas de lutas e mobilizações. E realizaremos um próximo encontro no dia 4 de julho, em um local mais ampliado,  para avançarmos nas discussões.

Comunicação Nacional Recid
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